11 brasileiras se inscrevem para o Programa de Arbitragem para Mulheres da ISA

As brasileiras estão cada vez mais envolvidas em todas as áreas do surf e conquistando espaços em busca da equidade de gênero. A Confederação Brasileira de Surf (CBSurf) considerou significativo a inscrição de 11 interessadas em participar do Programa Especializado de Arbitragem para Mulheres, lançado pela International Surfing Association (ISA). A entidade brasileira foi responsável por recomendar as candidatas ao órgão máximo do surf mundial.

Foto: Luiza Barreto

Entre as inscritas, representantes de vários estados, do Sul ao Nordeste, e das mais diversas áreas. São atletas, paratletas, instrutoras da modalidade, mulheres que já atuam como árbitras em suas regiões. A baiana Carla Circenis é um exemplo e atua na função desde 2004, trabalhando em eventos locais, regionais, estaduais e nacional.

A paranaense Barbara Sieno também já desempenha a carreira em campeonatos locais e estaduais. Cristiana Pires é atleta profissional de longboard, já competiu no Circuito Mundial e foi terceira colocada no WSL Sul-Americano. Chantalla Furlanetto também foi competidora e hoje tem um projeto de divulgar o surf feminino. Denise de Siqueira participou do ISA Para Surfing 2020 com a seleção brasileira e trabalha com pesquisas envolvendo o surf adaptado.

Fernanda Tolomei é mais uma atleta do para surfing e foi a primeira mulher a representar o Brasil no Mundial Adaptado da ISA. Há, também, Luana Nobre, uma das fundadoras da ONG ADAPTSURF, coordenadora do Projeto Surf Adaptado e atuou como técnica da primeira equipe brasileira no Mundial ISA de Surf Adaptado, em 2015 na Califórnia.

O curso on-line e em inglês será realizado de 1º a 3 de dezembro, totalmente subsidiado pela ISA, e visa qualificar as mulheres aspirantes à função. A coordenação será de dois membros da comissão técnica da modalidade nos Jogos Olímpicos de Tóquio, Erik Kramer e a campeã mundial de longboard da ISA e árbitra da entidade e da WSL, Tory Gilkerson única mulher entre os árbitros na estreia olímpica do surf.

“Muito importante ter esse número significativo de mulheres querendo ocupar seus espaços. Isso vai ao encontro do trabalho que desenvolvemos aqui na CBSurf com ações na gestão, garantindo o espaço das mulheres em nossa estrutura. Recentemente tivemos a eleição de mais uma representante na Comissão de Atletas, aumentando essa participação. Nosso objetivo é trabalhar sempre para a equidade de gênero, como o Comitê Olímpico do Brasil, o COB, e a ISA vem fazendo muito bem’, destaca o presidente da CBSurf, Adalvo Argolo.

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