As doenças cardiovasculares representam, infelizmente, a principal causa de mortalidade no Brasil e no mundo. Estas incluem as doenças do coração e de todos os vasos sanguíneos do corpo.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, a doença cardiovascular no Brasil gera uma morte a cada 90 segundos, mata o dobro que todos os tipos de câncer juntos e 6,5 vezes mais que todas as infecções no país, o que engloba as infecções pelo vírus HIV.
O infarto agudo do miocárdio e o acidente vascular encefálico são, entretanto, grandes vilões entre estas estatísticas e compartilham múltiplos fatores de risco em comum, como hipertensão arterial, colesterol alto, obesidade/sobrepeso, tabagismo, diabetes, sedentarismo, depressão/ansiedade… entre outros.
“Logicamente, o cuidado com a saúde deve começar desde a infância e adolescência, uma vez que nestas fases da vida podem surgir lesões precursoras das “placas de gordura” nas artérias, ou seja, aterosclerose na fase adulta, o que aumenta muito o risco para eventos cardiovasculares, como o próprio infarto agudo do miocárdio”, explica Dr. Vitor Loures, cardiologista. Altas taxas de sedentarismo entre os jovens, associado a uma alimentação de baixa qualidade nutricional – rica em carboidratos e gorduras ruins – aumentam exponencialmente a incidência de fatores de risco, a exemplo da obesidade, assim como o tempo de exposição ao longo da vida.
O principal foco de atuação deve ser o controle rígido e tratamento de todos os fatores de risco, associado a um estilo de vida realmente saudável, que contemple boa dieta, atividade física, sono de qualidade, controle do peso e dos fatores psicossociais.
As pessoas com histórico de doença precoce familiar nas artérias do coração, como o infarto em parentes de primeiro grau e idade inferior a 55 anos em homens ou 65 anos nas mulheres, devem ser acompanhadas desde jovens por profissionais médicos e manter um controle estrito para qualquer fator ameaçador.
“A sociedade necessita, portanto, se conscientizar da importância destas patologias e, assim, buscar orientação e conhecimento nos temas propostos. Os canais abertos de educação em saúde – mídias diversas, redes sociais – podem contribuir de forma muito positiva nesta “alfabetização em saúde”, conclui o cardiologista.