Com auxílio de certificadora, pecuarista garante 7% a mais de ganho por arroba

Exportar carne bovina certificada para a União Europeia e receber até 7% a mais por arroba é uma realidade de pecuaristas do Mato Grosso do Sul, que investiram no controle do rebanho e agora colhem os frutos em rentabilidade. O ganho é resultado da inclusão da propriedade na Lista Trace, Cota Hilton, Precoce MS e bonificação por acabamento.

É o caso do proprietário da Fazenda Asa Branca, Luis Paulo, que exporta carne bovina com certificação há 8 anos. Ele recebe bonificação de até R$ 9 por arroba e explica que o processo exige dedicação, mas vale a pena. “No início é mais complicado por que são várias visitas do Ministério e é preciso estar com tudo em dia, mas com as orientações da Dígitos Certificadora a gente pega a prática e passa a ter uma carne certificada”.

Foto: AgroAgência/Divulgação

Por oferecer uma carne de animal precoce e com bom acabamento, Luis Paulo se enquadra em todos vários programas, que fazem diferença no orçamento. “No último abate recebi R$ 142 por arroba e com as bonificações que somaram R$ 9, tive total de R$ 151. Isso me possibilita investir mais em um bezerro de qualidade e em nutrição, por exemplo”, conta.

A Dígitos Certificadora é responsável por coletar as informações da propriedade e iniciar o processo de cadastramento de adesão ao SISBOV (Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Bovinos e Bubalinos), com isso o proprietário passa a se adequar a Instrução Normativa nº 17 de 13 de julho de 2006 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA, se comprometendo com o que exige a legislação.

Uma vez aderida ao sistema, a propriedade passa a se adequar a todos os trâmites exigidos na IN 17, iniciando pela identificação de todo o rebanho e a inclusão na Base Nacional de Dados – BND. A Dígitos Certificadora faz uma vistoria de conformidade e com o aval é enviado ao MAPA a solicitação de Auditoria Oficial. Com a aprovação do órgão federal em até duas semanas a propriedade passa a integrar a tão almejada Lista Trace.

Mato Grosso do Sul tem hoje 250 propriedades na seleta lista, que possibilita o produtor a negociar o gado com frigoríficos que exportam para a Europa, que são o JBS e o Marfrig em Mato Grosso do Sul.  Para receber a bonificação Europa os animais deverão seguir as exigências da Instrução Normativa nº 17, cumprindo prazos de noventena/quarentena dos animais e a parte documental, agregando assim até R$ 2 a mais por arroba. A bonificação Europa não tem exigências quanto a raça e sexo dos animais, porém preza por animais precoces.

Outra bonificação alcançada com o SISBOV é a Cota Hilton, neste caso os animais devem ser identificados até os 9 meses e 29 dias e abatidos machos inteiros com dente de leite, machos castrados e fêmeas até J4. “Prezamos pela precocidade e qualidade, por que juntamente com a bonificação Europa orientamos o produtor a conseguir outras bonificações, como o Precoce MS do Governo do Estado, que premia animais com até 36 meses e o SISBOV é um dos critérios para a classificação da propriedade dentro do programa, aumentando assim a bonificação”, explica a veterinária da Dígitos Certificadora, Aline Rohr.

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