Uma operação do IBAMA (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) realizada nessa quinta-feira (04/10) em Mato Grosso prendeu três pessoas e apreendeu cerca de mil metros cúbicos de madeira, extraídas ilegalmente de terras indígenas. Ao todo, foram aplicadas multas no valor de R$ 1 milhão.
De acordo com informações da Assessoria de Imprensa do IBAMA, a Operação Warã foi desencadeada com o apoio da Polícia Federal, que enviou agentes para auxiliar os fiscais, que emitiram dezenas de Autos de Infrações (AI). Os três detidos foram encaminhados a Delegacia de Polícia Civil, onde foram autuados por crime ambiental.
Os fiscais do IBAMA acreditam que a exploração ilegal tenha ocorrido nas terras indígenas de Sete de Setembro e Igarapé Lourdes, que ficam localizadas próximas a madeireiras.
Foram apreendidas na Região de Rondolândia, a 1.600 km de distância de Cuiabá, capital de Mato Grosso, toras de madeira, extraídas de árvores de grande porte.
As cinco madeireiras que ficam no entorno das aldeias indígenas foram fiscalizadas e todas apresentaram diversos tipos de irregularidades. O tamanho das toras e as espécies encontradas nos pátios das madeireiras indicam que as árvores foram derrubadas em áreas indígenas.
Em uma das madeireiras os fiscais do IBAMA e os Policiais Federais identificaram 57 toras da espécie Ipê, que totalizaram 113,7 metros cúbicos. Elas estavam escondidas sob serragem.
Os técnicos do Instituto suspeitam que a exploração ilegal de madeira em terras indígenas esteja ocorrendo há pelo menos cinco meses, quando foi realizada uma fiscalização na região.
Todo o material apreendido foi levado para um asilo, uma creche e prefeituras da região.
Na etapa anterior da Operação Warã, o IBAMA interditou 18 empresas (serrarias) na fronteira entre Mato Grosso e Rondônia. Na ocasião, os policiais federais cumpriram 11 mandados de busca e apreensão em residências e empresas. Duas serrarias clandestinas foram identificadas e fechadas definitivamente.
Todos os envolvidos no esquema de extração ilegal de madeira e de receptação continuam sob investigação. As informações vão ser enviadas para o Ministério Público Federal (MPF) para apuração das responsabilidade e instauração de inquérito criminal.
Com informações da Assessoria de Imprensa do IBAMA