No meio ambiente, onde a agricultura acontece, o consumo dos recursos hídricos é fundamental para a produção de alimentos, fibras e energias. Nesse contexto, a relação homem e tecnologia colabora de forma expressiva com a produção e preservação da água, considerando que o produtor rural é um agente responsável por aderir inovações e sistemas que possibilitam a conservação.
A irrigação é uma das principais técnicas que sustentam a segurança de produção, sendo assim um dos subtemas do Prêmio Sistema Famasul de Jornalismo 2018. As inscrições para as reportagens concorrem ao concurso cultural se encerram no próximo dia 31 de outubro.
Da porteira para dentro, a técnica tem alavancado a produtividade na agricultura, conforme explica a consultora técnica do Sistema Famasul – Federação da Agricultura e Pecuária de MS, Daniele Coelho: “A irrigação pode aumentar o número de safras por ano, podendo, inclusive, garantir que haja produção, no caso de uma estiagem pluviométrica. No caso da horticultura, o mesmo acontece, fomentando a produção e produtividade das culturas, podendo ainda, ser incrementada com a fertirrigação para otimizar recursos”.
Pela disponibilidade hídrica e condições de relevo o estado tem um potencial enorme para a agricultura irrigada e alguns projetos já estão sendo implantados visando o aumento na produção de grãos e pastagem. Atualmente no ramo de hortifrúti, a irrigação é técnica indispensável para se ter êxito na atividade, principalmente na época seca, onde a produção se torna inviável se o produtor não irrigar.
“As hortaliças são plantas de ciclo rápido e muito exigentes em água, por isso, a irrigação é indispensável. No caso de fruticultura, onde as plantas têm ciclo longo (geralmente o vegetal permanece por vários anos), pode-se optar pela produção sem irrigação. No entanto, quando se tem a possibilidade de irrigar, o produtor pode até dobrar a produtividade além de ter a opção da produção em períodos de entressafra onde os preços são maiores”, explica o técnico de campo do Senar/MS – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, Victor Almeida.
Na assistência técnica e gerencial, por exemplo, os técnicos da ATeG auxiliam o produtor a escolher o melhor método e a adequação do projeto dependendo das condições de cada produtor. Além disso, traz ao produtor tecnologias para auxiliá-lo na tomada de decisão de quando e quanto irrigar.
“O maior desafio de quem dispõe de um sistema de irrigação é saber quando e quanto de água aplicar. Quando se aplica abaixo da necessidade da cultura, tem-se uma redução na produção devido ao stress hídrico. Por outro lado, existem implicações também, se a aplicação for excedente a necessária”, aponta Almeida.
Mato Grosso do Sul possui abundância de água doce, disponível, em quantidade e com qualidade, em seu território. “Os principais desafios estão atrelados a falta de políticas públicas direcionadas para a irrigação, e o fomento da mesma em MS. Ainda há entraves na regularização e licenciamento ambiental e, na energia elétrica, tanto na disponibilidade e frequência, quanto no custo da mesma”, explica Daniele.
No estado estão contidas duas Bacias Hidrográfica, a do Rio Paraná e a do Rio Paraguai, que se subdividem em 15 sub-bacias, conforme a seguir:
Região Hidrográfica do Paraná
Rio Iguatemi
Rio Amambai
Rio Ivinhema
Rio Pardo
Rio Verde
Rio Sucuriú
Rio Quitéria
Rio Santana
Rio Aporé
Região Hidrográfica do Paraguai
Rio Correntes
Rio Taquari
Rio Miranda
Rio Negro
Rio Nabileque
Rio Apa
Conforme o departamento técnico do Sistema Famasul, dentre essas bacias citadas acima, existem três comitês estabelecidos no estado: Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio Ivinhema, Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio Miranda, Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio Santana-Aporé.
“Ainda, para a gestão dos recursos hídricos no estado, ainda contamos, além dos Comitês de Bacia Hidrográfica, o Conselho Estadual de Recursos Hídricos (CERH). Ambos contam com a participação dos setores públicos, em todas as esferas, usuários dos recursos hídricos, representantes dos setores da sociedade civil”, finaliza Daniele.
Prêmio Sistema Famasul de Jornalismo 2018
Poderão ser inscritas no prêmio reportagens publicadas nos veículos de comunicação de jornalismo impresso em jornal e revista, radiojornalismo, telejornalismo, webjornalismo, fotojornalismo, veiculadas de 1º de novembro de 2017 a 31 de outubro de 2018.
Os materiais inscritos devem englobar o tema principal: ‘O Agro como produtor de Água: iniciativas sustentáveis em MS que preservam recursos hídricos’.
Serão premiados os dois primeiros colocados de cada categoria profissional. Os contemplados receberão prêmios de R$ 6.000,00 e R$ 3.000,00, para os 1º e 2º lugares, respectivamente. Já para os universitários, o prêmio será de R$ 2.000,00 para o vencedor. Toda a premiação será em certificados em barras de ouro.
Os interessados contam com uma plataforma online para a inscrição. O acesso poderá ser feito por meio do site www.sistemafamasul.com.br/premiojornalismo. Neste endereço é possível fazer o upload de matérias via plataforma, conforme a categoria escolhida, e conferir o regulamento.
Qualquer dúvida, a comissão organizadora disponibilizou os seguintes contatos: premiodejornalismo@famasul.com.br; e também o telefone: (67) 3320-9700.
Fonte: Assessoria de Comunicação Sistema Famasul