O alto índice de desemprego somado a baixa renda de muitos brasileiros faz com que boa parte dos cidadãos tenham dificuldades para manter as contas em dia. Segundo o Serviço de proteção ao Crédito (SPC), mais de 60 milhões de brasileiros, o equivalente a 40% da população adulta do país, estão inadimplentes e têm restrição ao crédito. Além disso, de acordo com um relatório da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), apenas 30% da população têm uma reserva financeira, ou seja, são poupadores ativos.
Embora o contexto seja atual, a discussão sobre como controlar as contas não é exatamente uma novidade e, para colocar a casa em ordem, é preciso que o cidadão tenha uma boa educação financeira no seu dia a dia.
Nós, profissionais da área financeira, sempre defendemos que a educação financeira deve ser aplicada desde a infância, já que mudar hábitos na fase adulta é sempre mais difícil, mas não impossível. Para uma pessoa que não tem como rotina guardar dinheiro, passar a analisar a vida financeira e planejar o futuro é como mudar hábitos alimentares – com o tempo a gente começa a ver os resultados, vai se motivando, e torna a prática uma regra fundamental para o nosso dia a dia. Saber exatamente o quanto ganhamos, o quanto devemos e o quanto podemos gastar é o primeiro passo para controlar as finanças e conseguir poupar, pois o descontrole da vida financeira, normalmente, tem como origem, um padrão de gastos ou consumo superior aos ganhos mensais.
Já o segundo passo é definir estratégias para renegociar dívidas. O reequilíbrio financeiro só será possível se as contas estiverem em dia. Uma boa alternativa é listar as dívidas já assumidas com cartões de crédito, empréstimos ou boletos e então procurar uma instituição financeira de confiança para refinanciar estas dívidas através de uma nova operação, com um custo financeiro menor e com uma parcela que caiba no orçamento mensal, de forma a liquidá-la ao longo do tempo.
Quanto a escolha da instituição financeira, priorize aquelas reconhecidamente seguras, que além de bons produtos, sejam acessíveis a suas dúvidas e questionamentos, disponibilizando canais de comunicação eficientes e relacionamento próximo.
Cumprida a etapa do controle financeiro, com as contas em dia, é hora de pensar em poupar! Nessa fase, também é muito importante o apoio de uma instituição financeira de confiança, afinal, você estará deixando seus investimentos, o seu patrimônio, aos cuidados dessa instituição. Informa-se bem, tirar todas as dúvidas com o seu gerente, assim como questionar sobre os produtos existentes para o seu perfil e objetivos, é fundamental.
O Sicredi, instituição financeira cooperativa com mais de 3,8 milhões de associados, com atuação em 22 estados brasileiros e no Distrito Federal, possui excelentes alternativas de investimentos, que vão desde a poupança, excelente alternativa para quem está criando o hábito de guardar recursos, por sua simplicidade e possibilidade de aportes de pequeno valor, até alternativas mais sofisticadas em fundos de investimentos, que possibilitam ampla diversificação para perfis de investidores mais arrojados.
Além de beneficiar os próprios investidores e contar com uma carteira que já supera os R$ 13 bilhões, com crescimento acumulado até setembro de 2018 superior a 35%, a poupança do Sicredi também é responsável pelo estímulo ao crédito rural. A cada novo depósito feito em poupança em uma cooperativa do Sicredi, 80% deste valor é priorizado para o crédito rural dos associados da própria cooperativa em que ocorreu o depósito, estimulando desta forma o crescimento da região e fomentando resultados que posteriormente serão compartilhados por todos.
O relacionamento próximo e o incentivo a educação financeira, características marcantes do Sicredi, visam principalmente compartilhar hábitos financeiros saudáveis, que quanto mais cedo iniciarem – preferencialmente na infância – mais facilmente serão assimilados como estilo de vida. Que tal aproveitar o Dia Mundial da Poupança, celebrado em 31 de outubro, para repensar seus hábitos e ter uma vida financeira mais saudável?
*Felipe Azevedo – Gerente de Investimentos e Previdência do Banco Cooperativo Sicredi