Buscando consolidar a valorização de sua cultura com movimentos e participando de ações estratégicas da Cultura Pantaneira, a Prefeitura Municipal de Rio verde de Mato Grosso, através da Assessoria Especial de Cultura, em parceria com entidades e órgãos como o Governo do Estado, SEBRAE, realizou de 05 a 12 de novembro a 6ª Edição da Semana Da Valorização da Cultura Pantaneira.
Desde 2013 a Assessoria Especial de Cultura, realiza a “Semana da Valorização da Cultura Pantaneira”, com várias atividades culturais, gastronômica, exposições que buscam valorizar e evidenciar a riqueza cultural presente no território e no homem pantaneiro.
O Prefeito de Rio Verde de Mato Grosso/MS, Mario Alberto Kruger (PSC), um dos idealizadores do evento que está em sua sexta edição, prestigiou a festa desde o início, ficou satisfeito com o resultado do evento como um fomento à cultura e a economia socioeconômica do município.
“É de eventos assim que o município precisa, pois, além de fomentar o comercio e o turismo local, fortalece uma das maiores riquezas culturais do estado que é o Homem Pantaneiro e suas tradições além de estarmos resgatando valores estimulamos também a geração de renda já que temos em Rio Verde”, disse o Prefeito Mario Kruger.
A Assessora Especial de Cultura, Iria Maciak, salientou que durante a semana, Rio Verde esteve repleto de muita música, gastronomia, saúde, cinema assistência social, artesanato e muitas outras atividades reunidas em uma grande festa em homenagem à cultura do nosso Estado.
“Uma pluralidade de atividades e apresentações ocorreram em locais diferentes da cidade, como, teatro, musicais, nas escolas, creches, exibição de filmes e muitas outras atrações valorizando a nossa cultura pantaneira”, concluiu.
Abertura Oficial
No dia, 05 de novembro, aconteceu a abertura oficial, no paço municipal, com a execução do Hino Nacional e o Hino de Mato Grosso do Sul, interpretado pelo Professor Estevam e Ruth Clara. A Assessora Especial de Turismo, Iria Maciak, agradeceu a presença de todos, convidando as pessoas para que no decorrer da semana, valorizar o nosso povo pantaneiro. Ainda na abertura houve apresentação do Ponto de Cultura – Centro de tradições Pantaneiras e a Escola de Música Som do Pantanal.
A Semana
O Ponto de Cultura CTP, também estiveram apresentando suas peças musicais regionais, nas escolas e creches da cidade, com o maestro Luis Estevan e sua esposa Ruth. O Grupo Municipal de Teatro, comandado pelo Professor Wagner Rondora, também se apresentaram em locais diferentes da cidade durante a semana.
Culto Pantaneiro
Na terça-feira (06 de novembro), A Igreja Batista Céu Azul também valorizou o homem Pantaneiro com a realização do Culto Pantaneiro. Adoração, louvores, pregação da Palavra, consagração a Deus e conversões a Jesus Cristo, elementos característicos do Culto Pantaneiro, que a Igreja Batista Céu Azul, realizou e fez parte da Programação da Semana da Valorização da Cultura Pantaneira.
Filme “Amado Povo Pantaneiro”
Na noite desta quinta-feira, 08, o auditório da Prefeitura ficou lotado com o lançamento do filme “Amado Povo Pantaneiro”.
O Média Metragem, foi realizado pela Prefeitura Municipal através da secretaria de Educação e Assessoria Especial de Cultura.
O filme é produção de Wagner Rondora e Grupo Municipal de Teatro, em alusão à Semana de Valorização da Cultura Pantaneira. Parabéns a todos pelo brilhante trabalho.
Grupo Municipal de Teatro
O Grupo Municipal de Teatro é uma iniciativa da Secretaria Municipal de Educação do município de Rio Verde de Mato Grosso e tem o professor Wagner Rondora como autor e diretor das peças de teatro montadas com talentosos alunos oriundos tanto das escolas da rede municipal como da estadual. Todo ano é produzido um espetáculo referente à semana de valorização da cultura pantaneira, e nesse ano de 2018 foi realizada a montagem de um filme de média metragem intitulado “Amado Povo Pantaneiro”. Esse ano foi composto um elenco que veio das cinco escolas da rede municipal e das duas escolas da rede estadual. Quinze alunos ao todo fizeram parte do elenco onde variou a idade entre nove e vinte anos.
A Semana da Valorização da Cultura Pantaneira, é uma iniciativa da prefeitura municipal de Rio Verde de Mato Grosso, por intermédio da
Cortejo Musical Pantaneiro
Durante a Semana da Valorização da Cultura Pantaneira, foi realizado o Cortejo Musical Pantaneiro, marcando a tradição da dança e da música do povo pantaneiro. No trajeto da rua Porfírio Gonçalves até a Praça das Américas, os músicos da escola de Música Som do Pantanal tocavam e os acompanhantes cantavam músicas consagradas regionais, homenageando e valorizando a cultura pantaneira rio-verdense.
Fim de tarde pantaneiro
Na sexta-feira (09/11), a praça das Américas foi palco do Fim de tarde pantaneiro, retratando a vida da Comitiva.
Na época das chuvas o Pantanal se inunda por completo, e o sertanejo é obrigado a afugentar seu gado para as partes mais altas da região numa tentativa de sobrevivência ao ciclo natural do bioma. O mesmo ocorre na seca, onde o pantaneiro é obrigado a conduzir seu gado pelo vasto campo, em busca de água e comida. Assim nascem as comitivas pantaneiras formadas por grupos de peões de boiadeiro e suas montarias, o comissário era o dono da comitiva. O cozinheiro saía mais cedo que os demais integrantes da comitiva, conduzindo os burros cargueiros com suas bruacas, nas quais levava os mantimentos e tralhas de cozinha, até encontrar um rio em cuja margem pudesse preparar a refeição, ou seja, “queimar o alho”. O berrante é uma buzina feita de chifres de boi unidos entre si por anéis de couro, metal ou chifre mesmo, e era usado pelos ponteiros para atrair, estimular ou acalmar o gado e dar sinais aos demais peões da comitiva.
Cabeça de Boi Assada
Dando prosseguimento a programação da Semana de Valorização da Cultura Pantaneira, a Comunidade Kolping Frei Tomás realizou o tradicional jantar pantaneiro “Cabeça de Boi Assada”.
A peça é a grande estrela culinária na Semana da Valorização da Cultura Pantaneira, onde as crianças desde pequenos já aprendem, sobre essa culinária tradicional dos pantaneiros.
Não parece, mas tem muita carne dentro da cabeça de boi e assim vai se mantendo a tradição, com a valorização da gastronomia pantaneira. O evento foi animado com muita música tradicional pantaneira, deixando um rastro de saudade e muita água na boca, pois não sobrou nada na degustação da já tradicional Cabeça de Boi Assada na Semana da Valorização da Cultura Pantaneira.
Show de Delinha e 1º bailão pantaneiro.
O Sábado foi muito especial, na semana da valorização da Cultura Pantaneira, e o salão paroquial, ficou lotado com o comparecimento em massa da nossa população, prestigiando as apresentações culturais, se deliciando com a gastronomia de pratos típicos pantaneiros, alem de serem presenteados com o ótimo show da cantora Delinha. Para findar, o grupo Chama Campeira, animou o bailão até tarde com o chamamé da nossa região.
O Prefeito de Rio Verde de Mato Grosso/MS, Mario Alberto Kruger (PT), um dos idealizadores do evento que está em sua sexta edição, prestigiou a festa desde o início, ficou satisfeito com o resultado do evento como um fomento à cultura e a economia socioeconômica do município.
“É de eventos assim que o município precisa, pois, além de fomentar o comercio e o turismo local, fortalece uma das maiores riquezas culturais do estado que é o Homem Pantaneiro e suas tradições além de estarmos resgatando valores estimulamos também a geração de renda já que temos em Rio Verde”, disse o Prefeito Mario Kruger.
Pantanal de Rio Verde
O município de Rio Verde de Mato Grosso possui cerca de 57% de seu território na região pantaneira, com 03 (três) portais de entrada para o Pantanal, Serra da Pimenteira, Pindaivão e Serra da Alegria.
O Pantanal Sul Mato-Grossense é destaque a nível mundial, pelas suas características.
A vida no Pantanal não é tarefa fácil, apesar da imagem de paraíso. É difícil adaptar-se ao pulso anual de inundação e ao isolamento promovido pelas águas.
Os pantaneiros rio-verdenses são conhecedores de plantas medicinais e das condições do clima. O vaqueiro pantaneiro guarda consigo conhecimentos de toda dinâmica do Pantanal, aprendizado necessário àqueles que precisam conduzir o gado pelas vazantes para escapar das enchentes, pois formam-se até hoje grandes comitivas de gado que atravessam os pantanais.
Muitos peões pantaneiros são descendentes de paraguaios que migraram procurando trabalho após a guerra do Paraguai. Entre suas habilidades estão a doma do cavalo e a confecção de artefatos de couro.
Os piscosos rios proporcionaram uma cultura de pesca em toda a região. O pescador pantaneiro, pela observação do ambiente, tornou-se conhecedor do comportamento dos peixes; sabe em quais partes do rio a fauna aquática costuma se abrigar e pela observação do nível das águas reconhece se vai dar peixe.
O tereré, mate gelado, é costume dos Guaranis e símbolo de toda a região. Amigos se encontram nas rodas de tereré para prosear e se refrescar. Já é um hábito incorporado à grande parte da população urbana de Rio Verde. O chimarrão, mate quente, é apreciado e chegou ao pantanal com os gaúchos.
Na música, existem registros de ritmos únicos da região, como o siriri e o cururu, sons tirados da viola-de-cocho – instrumento rústico, feito do tronco de árvores e que antigamente tinha cordas de tripa de bugio. É grande a influência dos ritmos paraguaios, como o chamamé, a guarânia, a polca e o rasqueado, disseminados na nossa região pantaneira de Rio Verde.