Falta de vento adia abertura da Star Sailors League Finals nas Bahamas

Velejadores esperaram por horas em terra, até que a Comissão de Regatas decidiu adiar a abertura do campeonato para esta quarta-feira (05)

Nassau (BAH) – A expectativa de 50 velejadores de 19 países será mantida pelo menos por mais um dia. A falta de vento impediu que a Comissão de Regatas (CR) realizasse as duas provas previstas para esta terça-feira em Nassau. Além da intensidade fraca, não ultrapassando 4 nós (7 km/h), os ventos estavam muito rondados, ou seja, sem direção definida. Nesta quarta (05), as regatas começam às 11h local (14h em Brasília) com transmissão ao vivo em starsailors.com.

Velejadores no Nassau Yacht Club (Marc Roullier / SSL)

O programa da fase de classificação, em que as 25 duplas velejam juntas, prevê 11 regatas, que agora terão de ser distribuídas em apenas três dias, em vez de quatro. A intenção da CR, se o vento permitir, é de organizar quatro provas quarta e quinta-feira, mais três na sexta, quando serão definidas as dez duplas classificadas para as eliminatórias no sábado, com quartas de final, semifinal e final no mesmo dia.

A manhã da quarta-feira foi reservada ao tradicional briefing com os velejadores, ao lado da piscina. Depois, restou aguardar pela informação oficial do adiamento que só veio no meio da tarde. Lars Grael, ao lado da esposa Renata, optou por permanecer sob o ar condicionado do restaurante do Nassau Yacht Club. “A previsão indicava ventos de no máximo 3 ou 4 nós, e variando de sudoeste e sueste, com diferença de 100 graus. O vento só deve firmar mesmo na quinta, sexta e sábado”, conferiu o medalhista olímpico.

Scheidt e Maguila (Gilles Morelle / SSL)

Jorge Zarif, o atual campeão mundial de Star, em sua quarta participação na SSL Finals, também concordou com a decisão da comissão de regatas: “Não há vento algum. Seria impossível velejar ou até mesmo sair do clube em direção à raia. A partir de amanhã (quarta-feira) deve entrar uma brisa e teremos grandes regatas”, desejou Jorginho.

Robert Scheidt e os demais brasileiros preferiram ficar no salão de festas, esvaziado para dar mais espaço aos velejadores. “A vela é um esporte que depende da meteorologia e até os lugares onde o vento é mais constante, como nas Bahamas, estão sujeitos à calmaria. A partir de agora as regatas vão exigir mais fisicamente porque teremos de correr até quatro por dia”, considerou o bicampeão olímpico e ganhador de três medalhas na SSL Finals em Nassau: ouro, prata e bronze.

Augie Diaz e Brunoe Prada (Gilles Morelle / SSL)

O norte-americano Mark Strube, experiente velejador de America’s Cup e campeão mundial da Classe 470, disse que a falta de vento é atípica para o local. “Normalmente nesta época do ano os ventos sopram de leste. Eu estive aqui (Nassau) em cinco Campeonatos do Hemisfério Ocidental e em cinco SSL Finals. Na maioria das vezes, as Bahamas têm ventos de 15 a 20 nós com dias ensolarados e perfeitos para a vela”, contou Strube.

Esquadra brasileira – Scheidt e Boening, o Maguila, estão novamente entre os 25 finalistas. A dupla foi medalha de bronze em 2016 e vice-campeã em 2017. Scheidt, venceu a primeira edição da SSL Finals em 2013 ao lado de Bruno Prada, que neste ano corre com o norte-americano Augie Diaz. O atual campeão mundial de Star, Jorge Zarif, forma dupla com Pedro Trouche, enquanto o medalhista olímpico Lars Grael retorna à raia de Nassau com Samuel Gonçalves, representante da Marinha do Brasil. Arthur Lopes, campeão sul-americano de Star com Scheidt há três semanas no Rio de Janeiro, esta ao lado de Paul Cayard.

Lars Grael e Samuca (Gilles Morele / SSL)

Adrenalina ao Vivo – Nos quatro primeiros dias as 25 tripulações correm 11 regatas, todos contra todos, com apenas um descarte. As dez primeiras colocadas permanecem no campeonato para disputar três regatas no dia decisivo: quartas de final, semifinal e final. O líder da fase de classificação vai direto à final. O segundo colocado passa para a semifinal. A cada regata da fase decisiva três barcos são eliminados.

As regatas serão transmitidas ao vivo na Internet com os comentários de especialistas e convidados especiais no estúdio. Na água, a mais recente tecnologia em câmera HD, assim como o Virtual Eye 3D Graphics, proporcionarão uma visualização emocionante, em detalhes, intercalando-se imagens ao vivo com a telemetria animada dos barcos, direto das águas azuis e transparentes da Baía de Montagu.

Quem quiser “velejar” sem sair da poltrona, poderá jogar o Virtual Regatta, vídeo game com a simulação de todas as situações de uma regata. Acesse nosso no site oficial, Facebook, Instagram e Twitter para conferir as informações da SSL Finals 2018 e de outras competições da Star Sailors League:

finals.starsailors.com

starsailors.com

Dupla croata (Gilles Morele / SSL)

As 25 duplas da SSL Finals 2018  

Iain Percy (GBR) – Anders Ekström (SWE)

Šime Fantela (CRO) – Antonio Arapović (CRO)

Robert Scheidt (BRA)Henry Boenig (BRA)

Freddy Lööf (SWE) – Edoardo Natucci (ITA)

Mateusz Kusznierewicz (POL) – Dominik Życki (POL)

Max Salminen (SWE) – Johan Tillander (SWE)

Paul Cayard (USA) – Arthur Lopes (BRA)

Diego Negri (ITA) – Frithjof Kleen (GER)

Pavlos Kontides (CYP) – Markus Koy (GER)

Tonči Stipanović (CRO) – Frederico Melo (POR)

Gerogy Shayduko (RUS) – Vitalii Kushnir (UKR)

Lars Grael (BRA)Samuel Gonçalves (BRA)

Xavier Rohart (FRA) – Pierre-Alexis Ponsot (FRA)

Jorge Zarif (BRA)Pedro Trouche (BRA)

Ruggero Tita (ITA) – Enrico Voltolini (ITA)

Zsombor Berecz (HUN) – Michael Maier (CZE)

Kevin Peponnet (FRA) – Mark Strube (USA)

Hamish Pepper (NZL) – Steve Mitchell (GBR)

Francesco Bruni (ITA) – Nando Colaninno (ITA)

Mark Mendelblatt (USA) – Brian Fatih (USA)

Eivind Melleby (NOR) – Joshua Revkin (USA)

Geroge Szabo (USA) – Roger Cheer (CAN)

Augie Diaz (USA) – Bruno Prada (BRA)

Ondřej Teplý (CZE) – Antonis Tsotras (GRE)

Guido Gallinaro (ITA) – Kilian Weise (GER)

 

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