A Polícia Militar Ambiental (PMA) em Mato Grosso do Sul divulgou na manhã desta segunda-feira (24/12), a informação de que policiais da corporação flagraram na zona rural de Bonito, município localizado a 253 km de Campo Grande, capital do Estado, uma área as margens do Rio Formoso sendo desmatado. O proprietário da fazenda, um idoso de 60 anos, foi autuado e multado.
De acordo com informações da Assessoria de Comunicação da PMA/MS, o flagrante aconteceu na sexta-feira (21/12), durante uma fiscalização de rotina.
Segundo os dados que constam no Auto de Infração (AI), os quais foram repassados à imprensa, o idoso desmatou cerca de 0,32 hectares de mata nativa para construir decks, pontes e passarelas sobre e as margens do Rio Formoso.
Questionado sobre a autorização para realizar o desmatamento, o infrator disse não possuir licença ambiental, documento obrigatório emitido por um órgão ambiental competente, seja na esfera estadual e/ou federal.
Os policiais militares ambientais constataram que houve desmatamento de mata ciliar em áreas de brejo e de Preservação Permanente (APP), ambas protegidas por lei. O crime ambiental foi verificado por imagens de satélite e drones, tendo a medição sido feita por GPS.
A fazenda foi parcialmente interditada, tendo as atividades turísticas na área disso suspensas por tempo indeterminado. O proprietário do imóvel foi autuado administrativamente e multado em R$ 10 mil. Além disso, ele terá que apresentar a um órgão ambiental competente, um Plano de Recuperação de Área Degradada e Alterada (PRADA).
O idoso foi encaminhado à Delegacia de Polícia Civil do município, onde foi autuado por crime ambiental. Caso seja condenado pela Justiça, ele poderá receber uma pena que varia de 3 a 6 meses de prisão em regime fechado.
O município de Bonito, localizado na Região Oeste de Mato Grosso do Sul, é considerado um dos melhores destinos de ecoturismo do mundo, recebendo anualmente milhares de turistas.
Muitos turistas procuram a região por causa de suas águas límpidas e cristalinas, mas no mês passado essas mesmas águas ficaram turvas.
Pesquisadores e ambientalistas acreditam que uma das possíveis causas pode ter sido o desmatamento de áreas próximas aos rios e córregos da região.
Com informações da Assessoria de Comunicação da PMA/MS