Os sete pecados de quem quer mudar de país

Daniel Toledo – Foto: Divulgação

Ao longo dos meus quase 15 anos atuando como advogado especializado em direito internacional, e ajudando profissionais, famílias e empresários a iniciarem seus processos migratórios, ainda me deparo com um grande vilão que sempre põe tudo a perder. Chama-se desespero. E isso é fatal, porque em boa parte dos casos quando esse sentimento de manifesta, a volta ao pais de origem acaba acontecendo, porque essa mudança acaba sendo mal estruturada ou porque querem fazer algo minimalista, fugindo do real.

Por isso é importante colocar na conta uma consultoria técnica, a fim de evitar possíveis problemas, e reduzir desconfortos. Para ajudar, separei algumas questões que devem ser levadas em consideração para quem deseja começar a pensar a viver em um outro país.

1.Planejamento

Não pense que deixar de lado a contratação de um serviço especializado, vai fazer com que você economize algum dinheiro. Pelo contrário, a probabilidade de encarar um prejuízo será muito maior. Esse profissional, ou consultoria, vai analisar todos os pontos a serem considerados no que diz respeito a adaptação em um novo país, um novo idioma, etc. Por isso é necessário que todas essas questões sejam pensadas e planejadas. Lembre-se e tenha isto como mantra, o visto é consequência.

2 – Escutar demais amigos e grupos

Hoje há diversos grupos em redes sociais, sendo que a maioria deles têm um único propósito: marketing. Eu participei de alguns e percebi que as pessoas não querem contratar um profissional real, elas querem dicas, principalmente sobre o que é mais barato, e não sobre o que é melhor. O problema é que a maioria dos participantes desses grupos estão no mesmo nível de conhecimento, grande parte sequer já chegou para o país do qual está falando. É aquela história de que cada um que conta um ponto, aumenta o conto. Consequentemente, algumas informações acabam sendo distorcidas, quando não são divulgadas erroneamente.

3 – Falta de planejamento familiar

Para que não haja problemas e impossibilidades, algumas pessoas preferem não comentar seus planos, às vezes até mesmo com os próprios filhos, que acabam não se preparando para conhecer outro idioma e outra cultura. Esse impacto é muito grande, principalmente entre os adolescentes. Isso se transforma em um problema, por conta de toda readaptação repentina. E sem uma preparação, sem uma estrutura emocional e psicológica, tudo em volta desaba.

4 – Super empolgação

Além de esperar que as documentações e todo o processo de adaptação seja rápido, as pessoas perdem um pouco a mão quando vão para países como os Estados Unidos que tem uma cultura de consumo muito alta. Quando você chega em um outro país, tenha calma. A princípio, foque no que é necessário para sua estadia.

5 – Medo

O medo trava e amarrava muito as pessoas, que deixam de fazer muitas de suas vontades por conta dessa questão. Ao mudar de país, estamos falando de um medo acerca do choque de realidade, que muitas vezes faz com que o imigrante se feche dentro de sua casa ou busque informações com pessoas da mesma nacionalidade, tudo por receio de não conseguir se estruturar, de assumir responsabilidades. Tirem essa palavra e esse sentimento da vida de vocês.

6 – Comunidades com dicas valiosas

Começaram a abrir grupos no Instagram e Whatsapp, nos Estados Unidos, de dicas valiosas com a participação de alguns profissionais de áreas como engenharia, direito e etc. Primeiro, quando um profissional é bom, ele valoriza seu trabalho e não sai dando dicas por aí gratuitamente. O profissional gasta tempo e investimento para adquirir conhecimento e se sai melhor quando é valorizado. Ver essas pessoas oferecendo seus serviços por meio de grupos como esses, faz com que eu me sinta desvalorizado. Eu não acho que dê para passar 100% da informação real, do jeito que você passaria se fosse contratado para tal, através dessas comunidades.

7 – Descontrole emocional

Às vezes, as pessoas não conseguem pensar e agem de acordo com seus sentimentos, o que acaba trazendo alguns atritos e problemas por falta de estrutura, preparo e inteligência emocional. Quando se pensa em ir para outro país é preciso estar com o emocional bem controlado, por isso é importante pensar e avaliar o processo todos os dias, para poder tomar as decisões da forma mais calma e consciente possível. Muitas vezes nós deixamos de fazer a coisa certa porque somos pressionados para decidir tudo em um curto período de tempo. Aprenda a colocar tempo e limite para tomar decisões mais assertivas e equilibradas.

*Daniel Toledo é advogado especializado em direito internacional, consultor de negócios e sócio fundador da Loyalty Miami. Para mais informações, acesse: http://www.loyalty.miami ou entre em contato por e-mail contato@loyalty.miami. Toledo também possui um canal no YouTube com mais de 60 mil seguidores http://www.youtube.com/loyaltymiami com dicas para quem deseja morar, trabalhar ou empreender nos Estados Unidos. A empresa agora possui sede em Portugal e na Espanha.

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