Febre aftosa: Mapa determina menor dose para nova vacina

O Mapa – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento anunciou, essa semana, a diminuição da dose da nova vacina contra febre aftosa de 5 para 2 ml da vacina.

A Famasul – Federação da Agricultura e Pecuária de MS alerta que a mudança não afeta a obrigatoriedade de vacinar todo o rebanho bovino e bubalino. “A nova vacina já estará disponível aos produtores rurais na primeira etapa de vacinação do rebanho, em maio deste ano, período em que os animais de todas as idades devem ser vacinados no Mato Grosso do Sul, com exceção dos optantes pela etapa de novembro da Região do Pantanal”, alerta o médico-veterinário do Sistema Famasul, Horácio Tinoco.

Foto: Famasul/Divulgação

Tinoco acrescenta ainda: “Alertamos para que, em nenhuma hipótese, o pecuarista fracione a dose de 5 ml, porque isso pode comprometer a resposta imunológica ou proteção do animal”.

Em julho de 2017, a CNA – Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil divulgou uma nota técnica solicitando ao MAPA a mudança na composição da vacina com a retirada da substância saponina e a redução do volume da dose.

Retirada da vacina – Em 2018 o Brasil foi reconhecido pela Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) como país livre de febre aftosa com vacinação. A próxima etapa é obter o status livre da doença sem a vacina.

Em abril do ano passado, o Sistema Famasul foi sede de um momento histórico para a pecuária de corte de Mato Grosso do Sul, com a realização do Dia A: Plena Erradicação da Febre Aftosa no Brasil. O evento marcou o início do plano de erradicação no Estado. “A meta é chegar ao status de livre de aftosa sem vacinação até 2023. O desafio é realizar a transição de forma segura e sustentável”, afirma o diretor-tesoureiro da Federação, Marcelo Bertoni.

Mato Grosso do Sul já registra 12 anos sem nenhuma ocorrência da doença. “Somos o segundo maior produtor de carne bovina do País e exemplo de sustentabilidade, qualidade e sanidade animal. Precisamos manter esse perfil que garante nossa competitividade no mercado internacional”, destaca Bertoni.

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