A Defesa Civil de Mato Grosso do Sul mantém acompanhamento diário sobre a situação dos municípios do Estado, diante da chegada de uma frente fria que alterou o panorama climático e trouxe fortes chuvas, que causaram alagamentos em algumas cidades. O coordenador estadual do órgão, tenente-coronel BM Fábio Santos Coelho Catarinelli, reforça o convite à população para que se cadastre no sistema de alerta e se mantenha atenta às previsões da meteorologia, entre outros cuidados a serem tomados diante de temporais e seus efeitos posteriores.
Entre terça-feira (12) e esta quarta (13), alguns municípios registraram chuvas intensas que causaram enxurradas e cheias de rios e córregos, resultando em alagamentos. O quadro difere do registrado ao longo dos dias anteriores, quando altas temperaturas e pancadas de chuvas isoladas ocorreram em Mato Grosso do Sul, e é resultado da aproximação de uma frente fria. O Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) emitiu novo alerta sobre o perigo potencial de temporais com ventos de até 60 km/h para 31 municípios das regiões Central, Leste, Nordeste, Norte e Noroeste do Estado.
Catarinelli explica que a Defesa Civil estadual vem fazendo acompanhamento diário nas Salas de Situação Nacional e Estaduais para monitoramento climático e hidrológico (quanto ao volume de águas pluviais e fluviais). E, sempre que necessário, expediu avisos por mensagem de texto à população.
“Nesta semana houve alguns avisos do Inmet e emitimos alerta, via SMS, para praticamente todos os municípios informando sobre tempestades e acumulados de chuva. Ao mesmo tempo, fazemos acompanhamento sistêmico com as Coordenadorias Municipais de Defesa Civil, ligadas às prefeituras e a quem apoiamos”, explicou. Na terça-feira, os municípios de Coxim, Paranaíba e Miranda – com foco nestes dois últimos – registraram áreas de alagamentos.
Nesta quarta, vários bairros de Campo Grande registraram problemas advindos de temporais. Na Vila Popular, por exemplo, houve alagamentos. O coordenador da Defesa Civil lembra que, apesar do calor dos últimos dias, chuvas até meados de fevereiro são comuns. “Ainda estamos dentro da média histórica de chuvas para o período”, pontuou.
O coordenador pede que a população envie uma mensagem de texto para o número 40199 a fim de se cadastrar para receber os avisos da Defesa Civil sobre riscos de tempestades. “No corpo da mensagem a pessoa deve informar o CEP de sua residência. Na sequência receberá a mensagem de cadastro e passa a ser informada dos próximos alertas da Defesa Civil, bem como receber ações preventivas sobre como lidar com essas situações”, afirmou.
Além disso, ele recomendou que a população tome por hábito acompanhar a previsão da meteorologia. Juntas, tais situações “podem ajudar a se proteger de eventuais desastres que possam ocorrer no Estado”.
Ao mesmo tempo, Catarinelli reforçou algumas recomendações para a segurança da população em situações de risco. Durante temporais, não se deve buscar abrigo sob árvores, placas de publicidade ou torres de energia elétrica, bem como se deve retirar aparelhos eletrônicos da tomada e, também, evitar áreas de alagamento, “principalmente quando se estiver em um veículo e se perceber que a água ultrapassou a altura do meio-fio. Isso porque a água pode entrar no escapamento e desligar o veículo e a água da enxurrada pode encobrir imperfeições no asfalto, como desníveis, buracos e bocas de bueiro abertas, que podem causar acidentes”.
Nesta quarta, o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) expediu alerta, válido até as 6h de quinta (14), quanto ao risco de chuvas entre 20 e 30 milímetros por hora ou até 50 milímetros por dia, bem como de ventos entre 40 e 60 km/h em 31 municípios do Estado. Há chances, embora pequenas, de ocorrência de danos.
O aviso vale para Campo Grande e os municípios de Água Clara, Alcinópolis, Aparecida do Taboado, Aquidauana, Bandeirantes, Brasilândia, Camapuã, Cassilândia, Chapadão do Sul, Corguinho, Corumbá, Costa Rica, Coxim, Dois Irmãos do Buriti, Figueirão, Inocência, Jaraguari, Paranaíba, Paraíso das Águas, Pedro Gomes, Ribas do Rio Pardo, Rio Negro, Rio Verde de Mato Grosso, Rochedo, Santa Rita do Pardo, Selvíria, Sonora, São Gabriel do Oeste, Terenos e Três Lagoas.