Tem um enfermo em casa? Ame-o!

Paula Guimarães – Foto: Arquivo Pessoal

Quem já imaginou ter uma capa protetora para defender os pais de qualquer adversidade? E digo mais, quem nunca desejou que eles pudessem ser eternos?

Nossos pais nos ensinaram os primeiros passos, os primeiros valores, vibraram com cada conquista nossa e só nos deram amor. Zelaram por nós com cuidado e amor! Essas recordações são para a vida toda. E quando a situação é invertida e chega o momento de cuidarmos dos nossos pais? Você também já passou por isso?

Minha mãe, a Dona Maria, carinhosamente conhecida como a “Vó Iá”, tem 76 anos e é dona de uma fé e de uma força de vontade inabaláveis. Ela sempre dedicou sua vida à família e ao cuidado de pessoas carentes. Porém, desde 2016, ela também precisa de cuidados e, desde então, duas vezes por semana ela faz hemodiálise, o que requer especial atenção com a diabete e o coração.

A cada dia é uma vitória, o corpo que aceita os medicamentos, a chegada da hemodiálise sem efeitos colaterais. E, de acordo com dados PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), em 1990 a expectativa de vida de um indivíduo era de 65,3 anos; já em 2017, a expectativa aumentou para 72,1 anos para os homens e 79,3 anos para as mulheres. É expressivo esse número e podemos analisar uma melhoria na área da saúde em pesquisas, descobertas de novos medicamentos e tratamentos.

Esse avanço na expectativa de vida contribui para que a minha mãe tenha uma qualidade de vida melhor e juntamente com o amor e carinho, que ela recebe da família, dos netinhos, do meu irmão e a minha dedicação a ela fazem toda diferença.

Até brinco que, com a vinda da minha mãe para a minha casa, ganhei mais uma filha, e é assim que a vejo, e minhas meninas, meu esposo, me ajudam: hora para comer, tomar remédio, é tudo anotado. A casa ficou com um brilho diferente. Afinal, qual vó que não quer ficar sempre perto dos netos? E vice-versa.

E o Papa Francisco, nos ensina: “Bem-aventuradas as famílias que têm os avós próximos! O avô é pai duas vezes e a avó é mãe duas vezes”. Essa frase é uma grande verdade! No final do ano passado, após três anos sem costurar, minha mãe fez a roupa para que a Polliana, minha filha caçula, fizesse sua apresentação na escola, e a alegria foi enorme, da minha mãe que pode fazer a roupa para a neta, das minhas filhas em ver a avó com saúde e disposição, e minha de presenciar esse encontro tão lindo de gerações.

Cuidar de um idoso tem os seus desafios, requer muita atenção, disponibilidade e amor. O remédio tem que ser na hora exata, se comeu um docinho, é preciso equilibrar o restante das refeições, mas também é gratificante! Com este exemplo, posso escutar de minhas filhas que elas irão cuidar de mim na velhice da mesma forma. Quer recompensa maior?

Não podemos negligenciar nossos idosos, eles são a nossa história e por mais difícil que seja é um momento único, ninguém perde por dar amor!

*Paula Guimarães é missionária da Comunidade Canção Nova, palestrante, administradora, jornalista apresentadora da TV Canção Nova e mestre em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP. É autora dos livros “Como ser feliz em família – 15 passos para encontrar felicidade em seu lar”, “Esperança cadê você? O que fazer para não entrar em desespero” e “TV Canção Nova – A vida por trás das câmeras” pela Editora Canção Nova.

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