Novo Nissan Versa será Mexicano e Kicks terá versão elétrica

Presidente da empresa na América Latina, Guy Rodriguez, afirma que região é uma das mais importantes para a marca no mundo

Nova geração do Versa virá do México (Foto: Divulgação)

Novos produtos, tecnologias e investimentos no Brasil: a Nissan quer aumentar sua participação de mercado na América Latina, região que tem um dos melhores desempenhos da montadora no mundo. Para isso, o novo presidente da Nissan América Latina, o argentino Guy Rodriguez, falou sobre os planos da empresa para a região.

O primeiro passo é dar início ao projeto de eletrificação no país com a chegada o Leaf ao mercado. O modelo teve sua pré-venda iniciada durante o Salão do Automóvel, em novembro do ano passado, e começa a ser entregue a partir de julho.

Cerca de 20 unidades já foram reservadas. Mas não há planos de fabricar o hatch no país: “o volume ainda é muito baixo na região”, afirma Rodriguez.

Primeiras unidades do Leaf chegam ao país em julho (Foto: Divulgação)

Já a tecnologia e-Power está mais próxima da realidade brasileira. O sistema utiliza um motor a combustão (que no Brasil deve ser flex) que funciona como gerador para alimentar a bateria, que por sua vez aciona um motor elétrico responsável por tracionar o eixo dianteiro do carro.

Quando mais exigido, esse motor elétrico utiliza como fonte de alimentação tanto o propulsor a gasolina (ou etanol) e a bateria para funcionar. É o chamado de híbrido de longo alcance.

O Kicks, principal produto da marca no país, deve receber a opção eletrificada entre o fim de 2020 e o início de 2021 – a Nissan afirma conduzir um estudo para checar a viabilidade da produção local. O SUV divide a plataforma com o Note, que já usa o sistema e foi o carro mais vendido no Japão em 2018.

Kicks com tecnologia e-Power pode ser fabricado no Brasil (Foto: Divulgação)

A nova geração do Versa também deve pintar por aqui apenas em 2021 e importada do México, país com o qual o Brasil tem acordo de livre comércio. “Estamos analisando o lançamento do carro no país, já que os acordos bilaterais ajudam a trazer novas tecnologias. O Versa é um produto muito importante para nós, o segundo carro da marca mais vendido na América Latina”, diz Rodriguez.

X-Trail está nos planos da montadora para o mercado brasileiro (Foto: Divulgação)

Outro lançamento aguardado para o mercado brasileiro é o SUV X-Trail, mas ainda sem data definida. De acordo com Marco Silva, presidente da Nissan no Brasil, a importação do modelo precisa passar por ajustes na calibração do motor para receber a gasolina brasileira. “É complicado, mas temos que planejar a fazer.”

Frontier pode ser exportada para países fora da América Latina (Foto: Leo Sposito)

Por fim, a montadora foi reticente ao responder sobre os planos da fábrica argentina, de onde vem a Frontier, após a Daimler anunciar o cancelamento da produção da Classe X no local devido às condições econômicas do país vizinho. Exportação da picape para outros mercados fora da América Latina podem entrar nos planos, uma vez que a capacidade da fábrica é de 70 mil unidades por ano, parte que seria usada pela montadora alemã.

Investimentos

Após terminar o atual ciclo de investimentos no Brasil, que incluiu a inauguração da fábrica em Resende (RJ), que recebeu R$ 2,6 bilhões em 2014, e o lançamento do Kicks no país, no qual foram gastos R$ 700 milhões durante a Olimpíada 2016, a Nissan promete investir um novo montante no mercado brasileiro para trazer novos produtos e ampliar a capacidade de produção da unidade fabril.

Fábrica da Nissan em Resende, Rio de Janeiro (Foto: Divulgação)

Os valores ainda não estão fechados, mas devem ser divulgados até o final deste ano. Atualmente a fábrica opera em dois turnos e a previsão é de que sejam produzidas 125 mil unidades neste ano, contra 106 mil em 2018.

A ideia é completar o terceiro turno inicialmente, chegando a 200 mil unidades anuais para, então, aumentar a capacidade produtiva do local.

Dessa forma, a Nissan pretende ampliar as exportações, que hoje correspondem a 25% do total produzido. Além dos países da América Latina, a empresa estuda exportar veículos para o Oriente Médio e para a África.

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