Quem não gosta de um bom café quentinho? No Dia Nacional do Café, a nutricionista e coordenadora do curso de Nutrição da Faculdade Estácio Campo Grande, Camila Morais, alerta sobre os perigos do consumo excessivo e dá dicas sobre como deixar essa tradicional bebida brasileira mais saudável.
Perda de minerais e vitaminas, por conta do efeito diurético, azia constante, aparecimento de gastrite e úlcera, além de taquicardia, agitação, diurese, irritabilidade e ansiedade. Essas são algumas das consequências do consumo excessivo de café. “Como tudo na vida, o importante é o equilíbrio. Portanto, devemos ingerir com moderação”, ressalta a nutricionista.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), para a maioria dos adultos, é seguro consumir até 300 mg de cafeína por dia. Essa quantidade equivale a cerca de cinco xícaras pequenas de café. A principal dica para deixar a bebida ‘mais saudável’ é não adoçar o café. Para aqueles que não conseguem, a orientação é adoçar o mínimo possível. “Sempre recomendamos que nunca use o açúcar refinado. A sugestão é optar por um adoçante natural, como a stévia ou outro de menor índice glicêmico, como o açúcar de coco, por exemplo”, explica a coordenadora do curso de Nutrição da Faculdade Estácio Campo Grande.
Após ser ingerida, a cafeína continua fazendo efeito por até duas horas no organismo. Neste período, a substância age diretamente nos sistemas urinário, cardiovascular, respiratório e digestivo. Seu efeito estimulante se dá pela inibição dos receptores do neurotransmissor ácido gama-aminobutírico, conhecido como Gaba, que é uma espécie de sedativo natural. Ao impedir a ação dessa substância, o cérebro fica mais atento, o que justifica o efeito estimulante que deixa alerta e tira o sono.
Mas nem só em alerta deve viver quem gosta de cafezinho. A bebida possui, também, diversas propriedades antioxidantes e substâncias biologicamente ativas. “Podemos destacar os efeitos estimulantes, aumento do gasto energético, alívio da dor de cabeça e benefícios cardiovasculares, por melhorar a circulação sanguínea”, afirma Camila Morais.