Conscientização é essencial para garantir qualidade de vida aos portadores da fibromialgia, afirma Enfermeira Cida

Fotos: Evllyn Rabelo/WhatsApp

Uma síndrome invisível, caracterizada por dor crônica em vários pontos do corpo, especialmente nos tendões e nas articulações, listada entre as mais de 80 doenças autoimunes que atinge a população brasileira, a fibromialgia foi tema de audiência pública promovida pela vereadora Enfermeira Cida Amaral (Pros) na manhã desta quarta-feira (29), na Câmara Municipal de Campo Grande.

Vice-presidente da Comissão Permanente de Saúde da Casa de Leis e autora do projeto de lei que institui na Capital de Mato Grosso do Sul, o dia 12 de maio como o “Dia Municipal de Conscientização e Enfrentamento à Fibromialgia”, Enfermeira Cida destacou a importância de implantar políticas públicas efetivas. “Nosso projeto de lei, que tramita na Câmara Municipal, visa conscientizar a sociedade sobre essa doença que causa tanto sofrimento aos portadores, tornando- a visível, no sentido de promover qualidade de vida e bem-estar e, mais que isso, visa quebrar o preconceito em torno da síndrome, o que compromete ainda mais a vida de quem tem a doença”, falou a vereadora.

Fotos: Evllyn Rabelo/WhatsApp

Portadora da síndrome, Kelly Boaventura Pimenta Gomide, que há 11 anos foi diagnosticada com fibromialgia, comoveu os participantes ao dizer que todos os dias sente dores fortes. “Não tem nenhum dia que eu acorde sem sentir dor. A pessoa pode me ver bem vestida, de salto, batom, não sabe há por dentro”.

Professor doutor em Reumatologia e titular da 23ª cadeira da Academia Brasileira de Reumatologia, Izaias Pereira Costa, destacou os sintomas característicos da doença e falou da incidência da fibromialgia na população. “Cerca de 10 a 15% dos pacientes que procuram um reumatologia tem fibromialgia e, de cada dez pacientes diagnosticados, de sete a nove são mulheres”, detalhou, ressaltando que cerca de 50% dos pacientes sofrem com depressão ou ansiedade.

Fotos: Evllyn Rabelo/WhatsApp

Josineth de Oliveira Pereira, representante da Associação Nacional de Fibromiálgicos e Doenças Correlacionadas (Anfibro), descreveu o dia a dia de quem sofre com a doença. “Há dias em que não conseguimos levantar da cama por causa das dores intensas. Muitas pessoas pensam que é frescura, mas só nós sabemos o que sentimos, o quanto a dor da fibromialgia é limitante”, pontuou.

Ao final da audiência, a vereadora se comprometeu em se reunir com o secretário de Saúde do Município, Dr. José Mauro Castro, para cobrar mais atenção e agilidade no atendimento de pacientes diagnosticados com fibromialgia.

Também participaram da audiência pública, os vereadores Dr. Wilson Samy e Dr. Cury, Thais Monteiro – fisioterapeuta, especialista em ortopedia, reabilitação funcional, pilates terapêutico, Lilian Assunção – fisioterapeuta, doutora em reabilitação neurológica, Rosistela de Oliveira Massulo Noviaky – psicóloga, teóloga, especialista em Logoterapia e pós-graduada em perícia e avaliação psicológica, Lúcia Furtado – assistente social, representante do deputado estadual Pedro Kemp.

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