Produtores rurais de Mato Grosso do Sul contrataram R$ 835,4 milhões em recursos do FCO (Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste) e o Banco do Brasil suspendeu o recebimento de novas cartas-consultas. Quem busca crédito no Estado, precisa avaliar novas linhas de crédito.
Especialista em crédito rural, Priscylla Tramontini explica que o momento agora é de recorrer a linhas de longo prazo. “O FCO é o mais buscado pelos produtores, pela facilidade e amplo atendimento, mas existem alternativas disponíveis no mercado com condições e resultados parecidos”, explica.
Dados do Banco do Brasil apontam que já foram contraídos R$ 551 milhões em recursos, por meio de 6.861 operações de crédito em 2019, enquanto outras 446 propostas estão em fase de contratação e somam R$ 227 milhões, totalizando o valor disponível para o setor rural em 2019. A possível redistribuição de recursos entre o rural e o empresarial só deve ocorrer em setembro.
As linhas de longo prazo separam o crédito por assunto, e dessa forma, quem precisa de recurso para reforma ou recuperação de pastagens degradadas pode recorrer ao Moderagro, ABC ou Inovagro, as mesmas que contemplam aquisição de máquinas e implementos novos e usados.
Com o Moderinfra e Inovagro é possível conseguir recursos para irrigação e com o ABC e Inovagro, produtores conseguem crédito para aquisição de animais para reprodução e benfeitorias na propriedade. A linha de financiamento de armazenagem é a PCA e para aquisição de animais para recria e engorda é possível recorrer ao crédito de custeio.
Priscylla Tramontini é diretora da RuralTec, empresa especializada em crédito rural, e lembra que a tomada de crédito para investimentos é uma estratégia interessante para o produtor, desde que seja feita com planejamento. “É necessário avaliar a necessidade, as condições e a aplicabilidade antes de contrair recursos, para não gerar uma dívida. Planejamento é essencial”.