Lançamento da Imprensa Oficial traz interpretações históricas inovadoras sobre a capitania de São Paulo

Em ‘O reino, a colônia e o poder: O governo Lorena na capitania de São Paulo’ (1788 – 1797), Adelto Gonçalves revisa o período e corrige equívocos repetidos em livros de história

Foto: Divulgação

O trabalho desenvolvido por Adelto Gonçalves consiste em uma análise dos anos 1788 a 1797, período de governo de d. Bernardo José Maria Da Silveira e Lorena, mostrando como a capitania de São Paulo sempre teve um papel de grande importância na construção do Brasil. A localização favorável estrategicamente para o país reflete no local em que foi proclamada a Independência.

“Adelto Gonçalves substancialmente enriquece a nossa compreensão da história e do desenvolvimento de São Paulo durante o fim do século XVIII. Este trabalho, de sólida base em documentos históricos e pesquisas de arquivo, reflete a formidável jornada de Adelto como Historiador de Portugal e Brasil. ”, escreve no prefácio o historiador britânico e fundador do Programa de Estudos Brasileiros da Universidade Harvard, Keneth Maxwell. E completa: “Esta obra é, em sua totalidade, não só uma rica análise do governo de Bernardo Lorena, mas um estudo que abre muitas linhas de investigação, formula muitos problemas novos, o que deveria ser a tarefa de todo bom historiador. Para a história de São Paulo no século XVIII tardio não há guia melhor”.

Para chegar ao período da governança de Lorena, precisou-se resumir 70 anos da história da capitania de São Paulo, quando ocorreu o desmembramento de Minas Gerais, e compreender como as coisas funcionavam. Ao chegar para exercer o cargo, o governador Lorena já encontrou uma capitania em desenvolvimento e sua política foi de fortalecimento da economia, priorizando obras de melhoramento dos caminhos do interior para a capital e para o litoral.

Relatos apresentados no livro, como de quando o Porto de Santos foi estabelecido como porto único do país, criando a necessidade de pavimentação do caminho para a descida até Santos, especificam momentos de grande evolução de São Paulo. As melhorias em direção ao interior favoreceram ainda a agricultura e o comércio.

As reflexões e observações feitas pelo ponto de vista do historiador de Portugal e Brasil Adelto Gonçalves se baseiam em ampla pesquisa de documentos históricos e arquivos. A reunião de informações conduz a uma compreensão da história e do desenvolvimento de São Paulo durante o fim do século XVIII, justificando como a capitania se tornou o que é hoje.

A obra objetiva ainda corrigir equívocos presentes em livros antigos, que são contados até hoje, por falta de consulta aos manuscritos. Portanto, resultou em revisão da ideia de que São Paulo vivia em uma situação de extrema miséria, pois documentos analisados apontavam que já havia um plano do governo para que a grande fome que já assolava Pernambuco, Bahia e Rio de Janeiro, não chegasse a São Paulo, demonstrando desde já autossuficiência da capitania.

O REINO, A COLÔNIA E O PODER: O GOVERNO LORENA NA CAPITANIA DE SÃO PAULO (1788 – 1797)

Adelto Gonçalves [autor]

EDIÇÕES IMESP

ISBN 978-85-401-0174-6

FORMATO |15.5 × 22.5 cm

PÁGINAS | 408

PREÇO | R$ 70,00

BROCHURA

FOTOGRAFIAS | LUIZ NASCIMENTO

SOBRE O AUTOR

ADELTO GONÇALVES | Natural de Santos (SP), é doutor em Letras na área de Literatura Portuguesa e mestre na área de Língua Espanhola e Literaturas Espanhola e Hispano-americana pela Universidade de São Paulo (USP). Foi professor titular da Universidade Paulista (Unip), Universidade Santa Cecília (Unisanta) e Centro Universitário Monte Serrat (Unimonte), em Santos; e do Centro Universitário Amparense (Unifia), de Amparo (SP). Jornalista desde 1972, já atuou em diversos veículos, como Estado de S. Paulo e A Tribuna, de Santos, além de ter sido correspondente da revista Época em Lisboa. Também possui experiência como assessor de imprensa na área empresarial.

Recebeu os seguintes prêmios: 1986, prêmio Fernando Pessoa da Fundação Cultural Brasil-Portugal, Rio de Janeiro, participando do livro Ensaios sobre Fernando Pessoa, com o trabalho “O ideal político de Fernando Pessoa”; prêmios Assis Chateaubriand, 1987 e Aníbal Freire, 1994, ambos da Academia Brasileira de Letras; em 2000, com a biografia Gonzaga, um poeta do Iluminismo (Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1999), seu trabalho de doutorado em Letras pela USP, o prêmio Ivan Lins de Ensaios da União Brasileira de Escritores e da Academia Carioca de Letras.

Com a Editora da IMESP, Adelto Gonçalves possui dois outros livros publicados: Direito e Justiça em Terras d’El Rei na São Paulo Colonial: 1709-1822 (IMESP) e Tomás Antonio Gonzaga – Coleção Série Essencial nº 56 (IMESP/ABL).

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