Programas voltados à primeira infância, como o Criança Feliz, têm o potencial de gerar efeitos positivos na educação, na saúde e na redução de violência, colaborando para que, no futuro, crianças atendidas não cometam delitos. É o que defende o especialista em violência, crime, problemas de conduta e desenvolvimento socioemocional, Joseph Murray, que ministrou palestra magna neste mês, em Brasília, no Seminário Janelas de Oportunidades: da primeira infância à socioeducação.
Graduado pela Universidade de Oxford, Inglaterra, com mestrado e doutorado pela Universidade de Cambridge, Murray afirma que programas como o Criança Feliz, elaborado com participação da comunidade científica e estruturado com base em diversos estudos, propiciam um ambiente familiar mais seguro para as crianças, com qualidades para diminuir comportamentos violentos e em conflitos com a lei.
No entanto, o especialista faz um alerta: programas para a primeira infância devem ser construídos com base em evidências científicas, a exemplo do que ocorre na experiência brasileira. Caso contrário, podem gerar efeitos negativos, como no caso citado por ele, do Programa Scared Straight, na cidade de Freeport, nos Estados Unidos.
Para promover o desenvolvimento adequado na primeira infância, o Ministério da Cidadania integra ações nas áreas de assistência social, cultura, educação, justiça e direitos humanos e saúde através do Criança Feliz. Até o momento, o programa está presente em DOIS MIL SETECENTOS E OITENTA E SETE municípios brasileiros e já atendeu mais de OITOCENTAS E DEZESSETE mil crianças e gestantes através de visitas domiciliares semanais.
No total, mais de VINTE E TRÊS milhões de visitas domiciliares foram realizadas por cerca de DEZENOVE mil profissionais capacitados que orientam sobre o desenvolvimento das crianças de até três anos inseridas no Cadastro Único para programas sociais do governo federal e de até seis anos que recebem o Benefício de Prestação Continuada, o BPC.