Campo Grande (MS) – Na última terça-feira, dia 17, o Ministério Público do Trabalho (MPT), a Federação dos Trabalhadores das Indústrias de Alimentação de Mato Grosso do Sul e o Fórum de Saúde, Segurança e Higiene do Trabalho em Mato Grosso do Sul promoveram o “1º Simpósio de Saúde do Trabalhador na Indústria Frigorífica e Ritmo de Trabalho”. As atividades tiveram como foco medidas que procuram fomentar um viés progressista aos aspectos envolvendo a proteção de pessoas que laboram nesses espaços.
Mais de cem pessoas lotaram o auditório da sede do MPT em Campo Grande. A abertura do evento foi presidida pela procuradora Claudia Noriler, que na sequência abordou em palestra a “Atuação do Ministério Público do Trabalho em Saúde e Segurança no Setor Frigorífico do Estado do MS”.
Ao longo do dia, também foi explanado o tema “Reabilitação: e quanto aos que já estão lesionados, o que fazer?”, pelo médico do trabalho Roberto Ruiz, e apresentada pesquisa sobre adequação do ritmo de trabalho em frigoríficos pelo professor Dr. Diogo Cunha dos Reis.
Após intervalo, as atividades continuaram com a palestra “A aplicação das normas da OIT na Justiça do Trabalho”, pelo professor Dr. Paulo Lemgruber. O simpósio seguiu com debate conduzido pela Federação dos Trabalhadores na Indústria da Alimentação do MS, que tratou de experiência positiva da Norma Regulamentadora nº 36 em Santa Catarina, sendo encerrado com questionamentos dos participantes.
De acordo com o Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho, plataforma de cruzamento de dados públicos e oficiais desenvolvida pelo MPT em conjunto com a Organização Internacional do Trabalho, entre 2012 e 2018 a maior parte dos acidentes em frigoríficos no Mato Grosso do Sul (29%) foi motivada por ferramentas manuais.
Em regra, os acidentes em frigoríficos provocam lesões nos dedos (28%), nas mãos (10%) e no antebraço (7%) dos empregados.
Os certificados de participação no evento serão emitidos a partir do dia 10 de janeiro de 2020 e enviados, exclusivamente, para os e-mails cadastrados no ato da inscrição.
Fonte: Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso do Sul