Até quando a prepotência continuará a ser premiada?

Beiram o cúmulo da irracionalidade a sordidez e o deboche de verdadeiros meliantes que tomaram de assalto os destinos da nação e promovem a barbárie com a certeza de que serão premiados por estarem acima da lei.

“Nós acima de todos e o escárnio acima de tudo.”

Esse, sim, deveria ser o slogan deste desgoverno de insanos, recalcados e meliantes que formaram o consórcio da barbárie para emprenhar a besta-fera que está para ser parida diante da insólita letargia de uma sociedade de covardes e hipócritas que se deixaram abduzir, ou melhor, seduzir por cínicos criminosos com o único propósito de avassalar o que resta de dignidade num país vocacionado para ser potência.

Neste triste quadro de nossa história, quem não é cúmplice por ação será por omissão.

Afinal, com que cara poderemos olhar para nossos/as filhos/as, alunos/as, colegas, coirmãos/ãs quando silenciamos diante de sucessivos atentados praticados por quem tem o dever de dar o exemplo, mas, embevecido, inebriado pelo poder, comete uma sucessão de crimes ante uma plateia de ineptos/as, bajuladores/as e cretinos/as que estavam à espreita para chafurdar na desejada opulência que dizem condenar?

Dizer que foi mais um ato-falho de um desatinado colocado no mais alto posto da República é faltar com a verdade, é mentir para si mesmo/a. Porque é imperdoável a ofensa premeditada dirigida contra uma Jornalista com letra maiúscula. Quem não conhece a Jornalista Patrícia Campos Mello que se informe antes de cometer a leviandade de reincidir contra a sua honra e dignidade.

No tempo do qual se diz nostálgico esse canalha, crimes desse tipo — contra a honra — eram resolvidos na ponta do sabre, porque a honra tinha que ser lavada no sangue de quem a violou. Covarde, ele se borra quando se trata de uma luta de corpo a corpo. Ele e toda a quadrilha que ele chama de família. Porque miliciano é covarde por natureza. Age de tocaia, à sorrelfa, na moita, e atribui a outrem o que pratica tão minúsculo é em sua essência.

Esse é o tipo de gente que ganhou expressão nestes tempos mesquinhos e insanos. Vermes inexpressivos, porque a vida toda viveram no submundo do crime, hoje se impõem como áulicos de uma verdade só deles/as. Delírio. Insanidade. Manicômio. Isto não é mais sociedade. É preciso dar um ponto final nesse desvario. E a hora é agora.

Deixemos de covardia e de cinismo. É preciso dar nome ao diabo. O sarcasmo de um ser nefasto parido pelo satanás para infelicitar toda uma nação não é fruto do acaso. Extirpar esse mal requer atitude, coragem e determinação. Já passa da hora em que cidadãos que têm os mesmos direitos que os vândalos que se assenhoraram da República para fornicar, prevaricar, assaltar, executar, torturar, matar, matar e matar…

Como que saídos dos malditos porões do regime de arbítrio que infelicitou a nação décadas atrás, funcionários públicos, fardados ou não, invadem salas de aula para agredir (como nesta quarta-feira véspera de carnaval na capital paulista), ou motoristas de praça ou de aplicativos que agridem mulheres brasileiras ou estrangeiras (como no caso de Corumbá, MS, em que um taxista auxiliar se sentiu encorajado para usar o argumento da força em vez da força do argumento, diante da luz do dia e de celulares de populares, contra uma cidadã boliviana). Isso para não falarmos de pastores denunciados por tentativa de feminicídio, obviamente incentivados pelo cinismo de quem deveria dar o exemplo como funcionário público número um.

Que cristãos, que nada! Esse contubérnio de sátrapas endemoniados a serviço de tudo que não presta não está aí por acaso. Custou dinheiro, muito dinheiro. O maldito, o vil metal arrancado das entranhas sagradas do patrimônio nacional, e tão somente para sangrar o erário de uma jovem nação que começava a encontrar seu curso na história, não pelas armas, mas pela via da justiça social.

Levantemos nossa voz. Ergamo-nos como seres honrados que somos. Por nossos filhos e netos. Pela juventude que, atônita, foi levada à deriva por uma campanha insidiosa e torpe, mas que hoje começa a cair na realidade bizarra que ajudou a perpetrar pelas mãos despudoradas de falsos arautos da moral.

Pelos valores mais elevados que a humanidade levou milênios para construir, é tempo de dar um basta contundente à desordem insistentemente promovida por verdadeiros fantoches, seres desalmados que recorrem à mentira em massa para justificar seus ignóbeis propósitos: vender as reservas do pré-sal, da Amazônia Azul, do Aquífero Guarani, da Amazônia, do Pantanal, do Cerrado, da Caatinga, do que ainda resta da Mata Atlântica, entregar os dados pessoais do SERPRO e da DATAPREV para abutres tecnológicos, a Petrobras, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal, os Correios e o que resta da Eletrobrás (como quando FHC entregou o sistema Telebrás, a Rede Ferroviária Federal, a Companhia Vale do Rio Doce, a Usiminas e tantas outras a preço de banana).

Ser patriota não é ficar de quatro para o chamado Tio Sam, é defender a soberania como quem defende a própria honra e dignidade. Ajamos agora, que depois não adiantará chorar pelo leite derramado, ou melhor, pelas riquezas saqueadas…

Até quando a prepotência continuará a ser premiada? Até quando nós permaneceremos acovardados/as? Chegamos ao limite do absurdo, nem um crime mais, pela dignidade de nossos/as filhos/as e netos/as!

*Ahmad Schabib Hany

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