São Paulo (SP) – A Organização Humanitária Internacional Aldeias Infantis SOS Brasil, líder em cuidado infantil e que atua no Brasil há mais de 50 anos, volta com sua campanha #DeUmBasta para o Carnaval.
Só no primeiro semestre de 2019, o Disque 100, canal do Governo Federal para denúncias de violações aos direitos humanos, recebeu aproximadamente 9 mil ligações envolvendo crimes sexuais contra crianças e adolescentes, uma média de 47 ocorrências por dia. As denúncias de abuso sexual representaram 80% deste total e 14% das ligações relatavam algum caso de exploração sexual, mais conhecida como prostituição infantil. Já, dados do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos apontam que durante o Carnaval, há um aumento de 20% na incidência de crimes sexuais envolvendo crianças e adolescentes. Com números alarmantes, a campanha #DeUmBasta visa conscientizar a sociedade sobre essa realidade, mostrando o cenário da violência e auxiliando na sua prevenção.
A Organização atua na prevenção e combate ao abuso e exploração sexual infantojuvenil através de ações educativas, preventivas e de conscientização nas 28 localidades que está inserida. Um dos exemplos práticos é o Projeto Bem Cuidar: Tecendo Redes de Proteção, realizado com mais de 400 crianças e adolescentes de João Pessoa, na Paraíba. Por meio de oficinas e palestras, o projeto trabalha no fortalecimento desses jovens, prevenindo-os de se tornarem vítimas e, em paralelo, também atua na capacitação de técnicos do Sistema de Garantia dos Direitos de Crianças e Adolescentes (SGDCA) e na orientação de famílias para identificar possíveis casos de abusos e serem replicadores dessas informações.
A atenção ao comportamento é essencial, por isso a relevância da campanha e a atenção com a orientação para as famílias. Crianças e adolescentes vítimas de crimes sexuais costumam apresentar mudanças de conduta, como dificuldade de relacionamento, irritação, brigas constantes, abordagem de temas (como sexo) de maneira incompatível com a idade, isolamento social por meio da depressão, baixa autoestima, uso de drogas e males físicos, como dores de estômago, disfunção renal e dores de cabeça. No site da campanha, também é possível ter mais informações, em tópicos como: “O perigo mora em casa: conheça o perfil dos agressores”, “Como a sociedade pode ajudar”, “Em caso de abuso, como agir?” ou “Saiba onde Denunciar”.
Para conhecer mais sobre a campanha e saber como ajudar, acesse o site da