Pobre elite, tão rastejante perante a Casa Branca e tão desalmada perante seu próprio povo…
No momento em que o Planeta tenta se proteger do perigo iminente de um vírus cuja origem ainda desperta muita dúvida (não dista o dia em que haveremos de nos surpreender com a elucidação de ter eclodido na China depois do impedimento por ela e a Rússia de uma invasão de Donald Trump ao Irã) e países pequenos como a Bolívia proporcionam exemplos de como lidar com um perigo dessa magnitude, a maior autoridade do Brasil ainda não se apercebeu de seu papel de estadista e desobedece as recomendações médicas para engrossar as hordas de alucinados que incitam facínoras pró-ditadura para amedrontar membros das instituições democráticas, como o Supremo Tribunal Federal, a Câmara de Deputados e o Senado da República.
Não bastasse o bizarro comportamento no exterior — comparável ao de ditadores como Ferdinando Marcos, Papa e Baby Doc ou Idi Amin Dada, para citar alguns — do capitão que só não virou desertor pela benevolência do ministro do Exército Leônidas Pires Gonçalves que no primeiro governo pós-regime de 1964 o poupou da humilhação de enxotá-lo da caserna e relevou seus graves atos de indisciplina dentro da carreira, o atual inquilino do Palácio da Alvorada demonstra seu total despreparo para o exercício do mais importante cargo da República e vive a cometer impropérios, gafes, pataquadas e quetais sem o menor comedimento, de causar vergonha aos mais incautos e alienados seres da nação.
Não bastasse o acinte com que descumpre recomendações médicas para conter o ciclo de contágio do temido coronavírus — afinal, ainda se encontra no resguardo de alguém cuja contraprova não foi concluída –, incita matilhas de insanos/as a se aglomerarem em todo o país a protestar contra as instituições que asseguram a sobrevivência, ainda que tênue e apequenada, de nossa frágil e indolente democracia para inglês ver (porque na hora de fazer valer o Estado Democrático de Direito nas periferias urbanas, reservas indígenas e campos e florestas pelo país afora, ficamos sabendo que não resiste a qualquer enfrentamento).
Ainda que vivam a dizer que foi Deus quem elegeu este desequilibrado para afundar de vez o país, fatos como as relações promíscuas, sobretudo dos filhos, com líderes milicianos no Rio de Janeiro e a injustificável e acintosa indiferença com o falecimento do deputado federal e ex-presidente do Partido Social-Liberal (PSL 17) Gustavo Bebianno, aquele que viabilizou a inimaginável eleição de um inepto à Presidência da República em 2018, levam a crer que, sem dúvida, este é governo de insanos/as, delinquentes e fundamentalistas que não vivem a realidade, afrontam o legado de Jesus Cristo e, sobretudo, contaminam a laicidade republicana, que nem nos tempos imemoráveis de mandatários obscurantistas havia sido rompida.
A cidadania não tem por que se sentir acuada pelos/as sequazes das legiões de delinquentes que formam suas hordas de milicianos e outros meliantes a amedrontar acovardados/as inexperientes. Cabe às mesmas gerações que, em sua juventude, tiveram a altivez de desmascarar o totalitarismo travestido de “democracia” e encerrar o período de arbítrio e obscurantismo em 1985, nesta hora crítica tomar a iniciativa e sem hesitação debelar a conspiração contra o Estado Democrático de Direito. Porque a Democracia, ao lado da Soberania, é patrimônio nacional e qualquer incitação contra ela, parta do setor que for, deve ser contundentemente repudiada.
Finalmente, diante de reiterados atos tipificados como desvio de função, prevaricação, mau exemplo e uso irregular do cargo para intimidar, amedrontar ou até ameaçar pessoas ou setores da sociedade e atentar contra a saúde pública, passou da hora de recorrer às instâncias internacionais para enquadrar este delinquente compulsivo e interditá-lo ao declarar a sua total incapacidade para continuar no cargo. Não é admissível que cidadãos/ãs probos/as, no gozo pleno de suas faculdades mentais e conscientes da gravidade do momento, permaneçam inertes e plácidos/as às portas da barbárie que atenta a sobrevivência da nacionalidade.
Em síntese, enquanto lá fora a ameaça é o coronavírus, no país do governante alucinado o risco é ainda maior e atende pelo nome de capetavírus. Como o capitão frustrado delira incrédulo ao se ver comandante-chefe de toda uma nação e suas diversas autoridades que silenciam ante de seus desvarios piromaníacos. Interdição já!
*Ahmad Schabib Hany