Vereador Chiquinho Telles manifesta preocupação com a baixa adesão ao isolamento social

Ao ocupar o microfone de aparte durante sessão ordinária, desta terça-feira (14.4), o líder do prefeito na Câmara Municipal, vereador Chiquinho Telles (PSD), manifestou sua preocupação com a baixa adesão verificada na Capital com relação ao distanciamento e isolamento social, que pode levar o sistema público de Saúde ao colapso.

Segundo o Parlamentar, “é preciso fortalecer a ideia que o único remédio, nesse instante, é mesmo ficar em casa. Não tem outra saída. Sou contra afrouxar os decretos voltados a conter a disseminação do coronavírus. Não podemos relaxar agora”.

Chiquinho Telles – Foto: Izaias Medeiros

No momento em que o mundo recomenda que o melhor remédio é ficar em casa, ressaltou o Vereador, “mesmo levando em conta a economia, as dificuldades dos empresários, eu sou contra afrouxar, nesse momento crítico, as medidas que visam conter o avanço da Covid-19, pois não tem como você falar em emprego, desenvolvimento, e arrecadação, se não existirem vidas”.

Durante o seu pronunciamento, Chiquinho Telles questionou “quanto custa uma vida?”. Para ele, não tem outro jeito se não o de se evitar aglomerações. Inclusive, o Parlamentar declarou que é a favor até que se tome medidas mais drásticas, caso a população não entenda a gravidade da situação e continue a desrespeitar as medidas de regramentos para controlar a propagação do coronavírus.

O Vereador alertou que a situação deve se agravar ainda mais com a chegada do inverno, período que poderá ocorrer um surto da doença. “O prefeito Marquinhos Trad [PSD] tem feito tudo para salvar vidas, mesmo enfrentando algumas críticas. E nós, como Câmara de Vereadores, temos que ter a responsabilidade de seguir a orientação daqueles que estudam, aprenderam para ensinar o melhor caminho a seguir”, advertiu.

Na opinião de Chiquinho Telles, não haverá futuro, não existirá comércio, se vidas não forem preservadas. No decorrer da sessão, ele pediu para que todos se unam no sentido de seguir as orientações do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, “um médico capacitado que trabalha realmente para manter a população bem informada, inclusive sobre o cenário assustador que poderemos enfrentar, caso não sejam tomadas medidas energéticas contra a disseminação da Covid-19”.

Distanciamento social ampliado

Em recente entrevista coletiva, o secretário de Vigilância em Saúde no Ministério da Saúde, Wanderson Oliveira, disse que a Capital precisa manter o distanciamento social ampliado. Ele alertou que “Campo Grande, do ponto de vista da incidência, está verde, ou seja, tem uma incidência muito abaixo da média nacional, no entanto, ainda não tem leitos adicionais disponibilizados, não estruturou a sua capacidade, e sua capacidade instalada é de 98%. Então, necessita de um distanciamento social ampliado dadas as características locais de estrutura para dar conta do atendimento da população”.

A adesão do sul-mato-grossense ao isolamento chegou a 47,7% no último sábado (11.4), fazendo com que o Estado voltasse a ocupar a segunda pior posição do ranking.

Ao se basear nas advertências feitas pelas autoridades da Saúde, Chiquinho Telles fez um apelo à população campo-grandense para que fique em casa, pois “se a baixa adesão ao isolamento social continuar, teremos que enfrentar o pico da pandemia com número de leitos insuficiente para atender todos os infectados pelo coronavírus. É hora de termos responsabilidade social”.

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