O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes suspendeu na manhã desta quarta-feira (29) a nomeação de Alexandre Ramagem para o cargo de Diretor-Geral da Polícia Federal (PF). A posse estava marcada para a tarde de hoje.
Alexandre Ramagem é amigo pessoal de Carlos Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, que demitiu Maurício Valeixo, ex-diretor-geral da PF.
Maurício Valeixo foi exonerado por Jair Bolsonaro por supostamente estar realizando investigações contra os filhos do presidente, Carlos, Flávio e Eduardo Bolsonaro, cujos inquéritos encontram-se no STF.
Carlos e Eduardo Bolsonaro são investigados por supostamente estarem participando de um esquema de publicação de notícias falsas (Fake News), na mídia e nas redes sociais, provocando caos em todo o país.
Já Flávio Bolsonaro é investigado por ter participando de um esquema de ‘Rachadinha’ quando era deputado estadual no Rio de Janeiro. Segundo a denúncia, Flávio ficaria com a metade do salário pagos aos seus assessores na Assembleia Legislativa.
Antes de se demitir do cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro disse durante entrevista coletiva, que Jair Bolsonaro estaria interferindo na Polícia Federal com o intuito de favorecer seus filhos e prejudicar as investigações que já estavam sendo realizadas.
Ainda segundo o ex-ministro Moro, o presidente Jair Bolsonaro teria exigido a exoneração de Maurício Valeixo do caro de diretor-geral da PF. Como não foi atendido, o presidente o exonerou por conta própria, através de um decreto publicado no Diário Oficial, o qual continha a assinatura de Sérgio Moro e de Bolsonaro.
Posteriormente, o Decreto foi refeito, tendo sido retirado do mesmo a assinatura de Sérgio Moro, que disse nunca ter assinado o documento ou autorizado alguém a fazê-lo em seu nome.
O objetivo do STF ao suspender a nomeação de Alexandre Ramagem, é o de apurar se foram cometidos crimes por parte do Presidente Jair Bolsonaro, tais como: Falsidade ideológica, coação no curso do processo, obstrução da Justiça, prevaricação, corrupção passiva privilegiada, denunciação caluniosa e crime contra a honra.
Com informações das Agências Brasil e Estado