Por que carros cupês e sedãs dispensam o uso do limpador traseiro?

Característica aerodinâmica reduz (mas não elimina) uso do recurso em algumas carrocerias

A traseira com corte reto dos hatches cria uma zona de baixa pressão que "suga" a sujeira e ajuda a emporcalhar o vidro (Foto: Divulgação)

A traseira com corte reto dos hatches cria uma zona de baixa pressão que “suga” a sujeira e ajuda a emporcalhar o vidro (Foto: Divulgação)

Por que carros cupês e sedãs dispensam o uso do limpador traseiro? – Maurício Silveira Leite, Cotia (SP)

Porque sua aerodinâmica elimina a necessidade do sistema. A traseira pronunciada dos sedãs e cupês permite que o fluxo de ar que percorre o carro não tenha interrupções até terminar de contornar a carroceria.

Nos hatches, porém, o corte súbito da tampa traseira quase vertical gera uma zona de baixa pressão logo atrás do carro.

Essa região “suga” a sujeira, especialmente a que está próxima ao chão, e deixa o vidro repleto de detritos ou água, o que prejudica a visibilidade. Mas isso não significa que todo sedã ou cupê dispense limpadores traseiros: em alguns países o recurso é comum em três-volumes, pois facilita a limpeza da neve acumulada no vidro quando o veículo percorre trajetos de baixa velocidade, insuficientes para que a aerodinâmica possibilite a limpeza da vigia.

Palhetas inusitadas

Até meados da década de 1990 outros limpadores eram bem comuns nos modelos europeus: os de faróis.

Essas pequenas palhetas eram usadas em conjunto com os lavadores para garantir a limpeza dos faróis e, consequentemente, a iluminação correta da via à frente.

O sistema foi aposentado com a evolução dos lavadores de faróis, que usam jatos de água de alta pressão para tirar resíduos grudados nas peças.

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