O objetivo desta data é homenagear a todos os doadores de sangue e conscientizar os não-doadores sobre a importância deste ato, que é responsável pela salvação de milhares de vida.
A data foi criada por iniciativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2014, e o dia escolhido é uma homenagem ao nascimento de Karl Landsteiner (14 de junho de 1868 – 26 de junho de 1943), um imunologista austríaco que descobriu o fator Rh e várias diferenças entre os diversos tipos sanguíneos.
Este ano essa data é ainda mais importante, pois devido à pandemia, as doações de sangue caíram. “As pessoas devem sim ficar em casa, mas precisam continuar doando sangue. Os hemocentros estão adaptados para este período e utilizam protocolos para proteger os doados”, explica a Dra. Maria José Martins Maldonado, diretora acadêmica da AMB – Associação Médica Brasileira.
Ela ainda explica, que mesmo os hospitais terem suspendido parte dos procedimentos, ainda há uma grande necessidade sangue, pois ocorre cirurgias de emergência e os pacientes que precisam manter os níveis de plaqueta e hemoglobina mais altos.
A ANVISA e o Ministério da Saúde (MS) atualizaram os critérios técnicos contidos na Nota Técnica 13/2020 editada pela Coordenação Geral de Sangue e Hemoderivados do Ministério.
Além das restrições já preexistentes, o documento informa que pessoas não podem doar sangue diante da realidade atual de circulação do novo coronavírus. São as que:
– “Tenham se deslocado ou que sejam procedentes de países com casos autóctones confirmados de infecções pelo SARSCoV2 deverão ser considerados inaptos por 14 dias após o retorno destes países. Para este critério, considerar as informações disponibilizadas pelo Ministério da Saúde”;
– “Foram infectados pelos vírus SARSCoV2 após diagnóstico clínico e/ou laboratorial deverão ser considerados inaptos por um período de 30 dias após a completa recuperação (assintomáticos e sem sequelas que contraindiquem a doação)”;
– “Tiveram contato, nos últimos 30 dias, com pessoas que apresentaram diagnóstico clínico e/ou laboratorial de infecções pelo vírus SARSCoV2 deverão ser considerados inaptos pelo período de 14 dias após o último contato com essas pessoas; Candidatos à doação de sangue que permaneceram em isolamento voluntário ou indicado por equipe médica devido a sintomas de possível infecção pelo SARSCoV2 deverão ser considerados inaptos pelo período que durar o isolamento (no mínimo 14 dias) se estiverem assintomáticos”.
A Nota Técnica é calara em afirmar que “não existe evidência, até o presente, de transmissão transfusional dos coronavírus”. Portanto, as novas orientações da Coordenação Geral de Sangue e Hemoderivados do Ministério da Saúde “são medidas de precaução”.
“A pandemia não pode afetar demais tratamentos e procedimentos que necessitam da doação de sangue, por isso o apelo para que os doares continuem com esse ato de solidariedade e amor ao próximo”, concluiu a doutora.