Um crime – duplo homicídio ocorrido em uma loja de conveniência no bairro do Batel, em Curitiba – que por si só já demonstra um certo clima de beligerância e a confiança na impunidade que dominam atualmente a sociedade, acaba servindo também como uma espécie de fotografia da sociedade que o presidente Jair Bolsonaro, seus filhos e seus seguidores gostariam de implantar no país.
Uma sociedade armada, que busca justiça com as próprias mãos e não costumam sequer respeitar os diferentes, que se tornam adversários. Verdade que o episódio que matou o advogado Igor Martinho Kalluf, de 40 anos, e seu acompanhante, o garçom desempregado Henrique Mendes Neto, de 38 anos, não foi motivado por questões políticas – tal como alguns bolsominions espalhara e outros afoitos espalharam. Ainda que Kalluf tenha assinado representações contra o ex-juiz Sérgio Moro, seu assassinato se deu quando ele negociava uma dívida de um dos seus clientes.
O caso em si e a maneira como repercutiu mostram os riscos do clima de beligerância que o próprio presidente prega dia a dia e coloca em risco toda a sociedade.
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