São Paulo (SP) – Marcelo Melo está treinando em Belo Horizonte (MG), seguindo o passo a passo até o retorno às quadras, com as atenções voltadas para o dia 14 de agosto, data prevista para a retomada do circuito. Ao seu lado, o irmão e técnico Daniel Melo. Juntos, eles vêm se preparando para essa sequência de torneios, que começa com o ATP 500 de Washington. Na programação, treinos em quadra e também físicos, em conjunto com o preparador físico Chris Bastos e o fisioterapeuta Daniel Azevedo.
Segundo Daniel Melo, o planejamento prevê o aumento gradativo do ritmo, até chegar aos Estados Unidos, e sempre atentos às informações, possíveis mudanças, divulgadas em função da pandemia do novo coronavírus, tanto pela Associação dos Tenistas Profissionais (ATP), como pelos governos dos países envolvidos nesta volta do calendário. Primeiro serão três torneios nos Estados Unidos – Washington, Masters 1000 de Cincinnati e US Open -, seguindo depois para a Europa.
“Estamos treinando há três semanas com foco no retorno do circuito. O Marcelo vem fazendo preparação física três dias na semana e três vezes treino em quadra. E vamos subindo gradativamente ao longo desse tempo que temos até 14 de agosto, para voltar ao ritmo de treino diário. Se não tiver alteração no calendário, a ideia é ficar aqui até 5 de agosto, com planejamento de chegar uma semana antes do início do primeiro torneio em Washington. Mas, estamos sempre aguardando novas informações para saber direitinho até quando treinar em Belo Horizonte e poder embarcar para os Estados Unidos”, explica Daniel.
Como todos estão vivendo uma situação atípica, em função da Covid-19, Daniel ressalta a importância de atualizar as informações para dar os passos até o retorno às quadras. “Saiu o calendário, a tentativa de fazer todos esses torneios. Mas, estamos aguardando como proceder em termos de prazos, de logística. Se vai ter de retornar para o Brasil após os Estados Unidos, ou se vai poder seguir direto a gira até o final. O calendário conta com um torneio de 250 (Kitzbühel), antes do Masters 1000 de Madri. Temos um tempo ainda para definir. É esperar e seguir com o planejamento”, afirma.
“A expectativa é por esse retorno do circuito, com as devidas precauções. Serão regras muito rígidas. Torneios grandes, com vários Masters 1000, dois Grand Slam. Um segundo semestre recheado, talvez ainda com torneios indoor, no final do ano, se Deus quiser terminando com o ATP Finals, que a princípio também estará no calendário. Então é aguardar e torcer para que todos voltem seguros a competir e tenhamos, ao menos, um segundo semestre de tênis”, observa Daniel.
Uma paralisação inevitável, que afetou a todos. “É claro que essa parada, e não só no âmbito do tênis, foi ruim para todos. Mas, necessária. A maioria das pessoas saiu de alguma forma prejudicada com isso. Mas, não temos controle. Agora é torcer para que tudo passe o mais rápido possível e possamos voltar com todas as medidas de precaução que serão impostas. E aí retomar a rotina do circuito profissional até o final de 2020”, completa Daniel.
Desde que foi anunciada a pausa do circuito, Melo – que tem o patrocínio de Centauro, BMG e Itambé, com apoio de Asics, Orfeu Cafés Especiais, Volvo, Voss e Confederação Brasileira de Tênis – buscou seguir uma rotina de treinos visando a possível retomada dos torneios. Primeiro, com treinamentos nos Estados Unidos, na Califórnia e na Flórida, e depois retornando ao Brasil e iniciando o planejamento em Belo Horizonte, atualmente já com foco no novo calendário e a volta ao lado do parceiro polonês Lukasz Kubot.
Torneios – O calendário recomeça nos Estados Unidos, em quadras rápidas, e segue para o saibro europeu: 14 de Agosto – ATP 500 de Washington, 22 de Agosto – Masters 1000 de Cincinnati (em Nova Iorque), 31 de Agosto – Grand Slam – US Open – Nova Iorque, 8 de Setembro – ATP 250 de Kitzbühel, 13 de Setembro – Masters 1000 de Madri, 20 de Setembro – Masters 1000 de Roma e 27 de Setembro – Grand Slam – Roland Garros – Paris.
Recordista em títulos e semanas no topo do ranking – Recordista brasileiro em número de títulos, com 34 conquistas, e também em semanas no topo do ranking da ATP – 56 -, assim como em participações no ATP Finals – completou sete seguidas -, em 2019, Marcelo somou mais um recorde ao chegar a 500 vitórias, na estreia no ATP 500 de Washington, em julho, maior vencedor entre os tenistas do Brasil, passando a ser o 35º jogador de todos os tempos a atingir essa marca.
Entre 2017 e 2018, Marcelo ficou 30 semanas – 25 consecutivas – como líder do ranking mundial individual de duplas da ATP (13 semanas em 2017 – terminando o ano como número 1 – e 17 semanas em 2018). Antes, ocupou a liderança pela primeira vez em 2015, por 22 semanas, também virando o ano na frente, e voltou ao primeiro lugar por mais quatro semanas a partir de maio de 2016.
Agora em 2020, no México, no ATP 500 de Acapulco, Marcelo conquistou o 34º título da carreira, o 14ª com o parceiro polonês Lukasz Kubot. Pelo 14º ano consecutivo comemora no mínimo um título por temporada. Juntos, Melo e Kubot ganharam pelo menos um torneio por ano desde 2015.
Dos 34 títulos, todos em duplas, dois são Grand Slam – Roland Garros, na França (2015) e Wimbledon, em Londres (2017) e nove Masters 1000, além de oito ATP 500 e 15 ATP 250. Marcelo, 36 anos, e Kubot, 37 anos, formam parceria desde o início da temporada 2017. Antes, jogaram em torneios como o ATP 500 de Viena, em que foram campeões em 2015 e 2016.
Oito vitórias em 2020 – Melo e Kubot somam oito vitórias em 2020, nas estreias no Australian Open e no ATP 250 de Adelaide, na Austrália, duas no Rio Open e quatro em Acapulco. Os pontos dos rankings estão congelados durante a paralisação do circuito. Ocupam a sexta colocação na Corrida para Londres, com 815 pontos. No ranking mundial individual de duplas, aparecem empatados em quinto lugar, com 5.140 pontos.
A temporada 2019 teve 46 vitórias em 68 jogos. A dupla fechou o ano passado como a segunda melhor parceria do mundo, com 5.000 pontos – atrás apenas dos colombianos Juan Sebastian Cabal e Robert Farah (8.500). Já no ranking mundial individual de duplas, ficaram entre os top 10 na temporada passada: Marcelo em sétimo, com 4.910 pontos, pela sétima vez consecutiva entre os dez melhores do ano. Kubot, na sexta colocação, com 5.090. Marcelo encerrou 2018 como nono do mundo, foi primeiro em 2017 e 2015, oitavo em 2016 e sexto colocado em 2013 e 2014.
O primeiro título de Marcelo em torneios ATP foi em 2007, no Estoril, em Portugal. Tem dois Grand Slam, além de um vice em Londres (2013) e um vice (2018) e duas semifinais no US Open. Marcelo também lidera no número de títulos em Masters 1000. Em Xangai 2018 chegou ao nono, depois de ganhar Xangai (2013 e 2015), Paris (2015 e 2017), Toronto (2016), Cincinnati (2016), Miami (2017) e Madri (2017).
Temporada 2020
Título
ATP 500 – Acapulco (México), rápida
Temporada 2019
Título
ATP 250 – Winston-Salem (EUA), rápida
Vice-campeonato
Masters 1000 – Indian Wells (EUA), rápida
ATP 500 – Halle (Alemanha), grama
ATP 500 – Beijing (China), rápida
Masters 1000 – Xangai (China), rápida
ATP 500 – Viena (Áustria), rápida
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