Ter acesso ao ensino superior é ainda o sonho de inúmeros jovens brasileiros e, estatisticamente, o de empreender também. Esse movimento a favor da educação, sobretudo, empreendedora, colabora para um País cada vez mais competitivo, sob patamares do desenvolvimento econômico e social.
Quando colocamos os jovens no papel de protagonistas, conseguimos ver ainda mais o valor deste movimento. Se pararmos para analisar, as empresas unicórnio ou até mesmo, as que já estão consolidadas no mercado e são atrativas do ponto de vista do consumidor, provavelmente, veremos um jovem à frente dela. Existem estudos que apontam que pessoas estão atingindo a marca do primeiro milhão antes de completar 30 anos, isso já faz parte da mudança no mundo dos negócios.
Segundo uma pesquisa realizada pela Fundação Telefônica Vivo, em parceria com o Ibope, 60% dos jovens tem como propósito de vida, empreender. Acredito que precisamos voltar os olhos para esta realidade. Quando falamos deste perfil dentro do empreendedorismo, afetamos diversos patamares que vão além do lucro, pois alcançamos, aos poucos, uma equidade de oportunidades, a possibilidade de uma mudança social e o desenvolvimento de soluções inovadoras para problemas, tanto aqueles mais supérfluos como os estruturais.
Portanto, penso que precisamos criar um ambiente que, além de valorizar, também fomente essa atitude entre os jovens. Eu, como jovem, acredito que realmente o Brasil tem a capacidade de aproveitar muito mais do potencial da juventude, e se tornar um berço para novos negócios que nos colocam à frente deles, assim como os ‘laboratórios’ que vemos lá fora em locais como o Vale do Silício, Nova Iorque, Boulder, Boston, Londres, Singapura, Berlim e Portugal, por exemplo.
O mercado está cada vez mais aquecido e a disputa por mentes brilhantes não para. O empreendedorismo é o estopim para nossa história, afinal, foi a audácia de grandes empreendedores que deu à luz a grandes avanços no nosso país. Precisamos trilhar caminhos alternativos, diferente dos que já conhecíamos até então. Os jovens têm o melhor perfil para investir nisso, pois são capazes de inovar, gerar conexões e desenvolver projetos escaláveis capazes de transformar toda uma realidade, já que principalmente eles conseguem enxergar oportunidades onde outras pessoas simplesmente não veem.
*Ana Beatriz Cesa – Presidente Executivo da Brasil Júnior, 2020
Graduanda de administração empresarial pela ESAG/UDESC, Ana Beatriz Cesa é a atual presidente executiva da Brasil Júnior, instância que representa as Empresas Juniores brasileiras e que está presente em todos os estados do País e no Distrito Federal, totalizando mais de 1.100 empresas juniores e aproximadamente 19 mil empresários juniores de 215 instituições de ensino superior. Há 4 anos no movimento, ela foi presidente da Inventório Empresa Júnior de Design e Moda e também da FEJESC (Federação das Empresas Juniores de Santa Catarina. Além disso, Ana também já atuou em empresas como Blueticket e no Movimento Excelência SC.