Com as medidas de flexibilização social, cuidadores de idosos redobram as precauções

Especialista dá dicas para profissionais e alerta familiares sobre os cuidados na prevenção

A COVID-19, doença causada pelo novo coronavírus, tem mudado a rotina de todos os brasileiros. Além de cuidar de nós, devemos estar atentos ao próximo, principalmente ao grupo de risco que inclui idosos e portadores de doenças crônicas (Diabetes, Hipertensão, Asma). Mais do que nunca, levando em consideração as medidas de flexibilização social estabelecidas em alguns estados, a atuação de cuidadores se faz necessária para quem está isolado, mas não pode ficar sozinho, por causa de limitações físicas e outras necessidades especiais. No entanto, mesmo com o relaxamento do isolamento em alguns locais, o momento exige prudência redobrada dos profissionais e atenção das famílias para o que deve ser seguido à risca. Izabelly Miranda, CEO da Cuidare Brasil, rede de cuidadores de idosos e pessoas com necessidades especiais, e enfermeira de formação, dá 12 importantes dicas de precauções que os cuidadores devem ter junto aos seus assistidos.

Izabelly Miranda (Foto: Giovanna Hackradt)

– Higiene pessoal: é muito importante se atentar para a higiene pessoal do cuidador, assim como à indispensável necessidade do banho, antes de iniciado o turno de serviço. O uniforme de trabalho deve ser utilizado após a primeira etapa. Essa medida é uma forma de minimizar a exposição dos assistidos aos agentes externos, como, por exemplo, com o deslocamento por meio do uso do transporte público;

– Acessórios: evite utilizar qualquer tipo de acessório;

– Lave as mãos frequentemente com água e sabão ou álcool em gel (respeitando os cinco momentos da higienização). O álcool em gel com concentração de 70% e a boa prática na higiene nas mãos são formas para evitar a contaminação;

– Cumprimentos: evite cumprimentos muito próximos, como apertos de mão e abraços;

– Nariz e boca: cobrir o nariz e a boca ao tossir e espirrar, usando a parte interna do antebraço ou lenços de papel sendo descartados após o uso;

– Máscara: utilize máscara durante assistência direta;

– Combinação para investir: máscaras são efetivas desde que combinadas à lavagem correta das mãos ou uso do álcool em gel. É importante reforçar que, antes de colocar a máscara, as mãos devem ser higienizadas;

– Tempo de uso: substitua a máscara por uma nova assim que apresentarem sinais de desgaste, rasgos ou falha na utilização. Máscaras são descartáveis, ou seja, não devem ser reutilizadas;

– Descarte correto: para remover a máscara, retire-a por trás (não toque a parte frontal da máscara), descarte imediatamente em uma lixeira fechada e higienize as mãos em seguida;

– Uso de material compartilhado: equipamentos de uso compartilhado (por exemplo: estetoscópios, aparelho para aferição de pressão arterial e termômetros) devem ser limpos e desinfetados com álcool 70% após o uso, três vezes em movimento unidirecional por 20 segundos;

– Ambiente limpo: realize desinfecção de equipamentos e limpeza do ambiente com solução de hipoclorito de sódio a 1% em pisos e superfícies dos banheiros;

– Regra geral: oriente possíveis acompanhantes e/ou visitas quanto à importância da higienização das mãos ao adentrar no domicílio do assistido.

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