A experiência na “Bolha”, como vem sendo chamada área criada pela World Surf League (WSL) no Surf Ranch, Estados Unidos, foi elogiada pelo brasileiro Filipe Toledo. Ele foi um dos convidados para participar dos testes do evento, que será realizado já no dia 9, o ‘Michelob Ultra Pure Gold Rumble at the Ranch’, reunindo 16 atletas e com a premiação revertida para a caridade.
“Vai ser bem legal poder voltar a competir, colocar a lycra de volta, ter aquela emoção, a sensação boa. Não vejo a hora de fazer o que eu amo e, se Deus quiser, já poder vencer e seguir no foco, para poder vencer eventos, ser campeão mundial e trazer o título para casa”, disse.
Filipinho ficou uma semana no local, cumprindo todos os protocolos de segurança, aplicados pela entidade devido à pandemia do COVID-19, e destacou a preocupação com a saúde dos atletas. Também enalteceu a iniciativa da WSL em criar um campeonato para os tops do Tour que estão nos Estados Unidos. “Depois de muito tempo, foi legal poder voltar, rever a galera e fazer o que eu gosto”, relatou.
“Passamos pelos protocolos do COVID-19, testes, isolamento, e no final valeu a pena. A semana na Bolha, como estão chamando, foi bem legal. Uma experiência diferente”, falou o top 4 do CT em 2019, aproveitando para evidenciar a iniciativa da WSL em retomar as disputas, com toda a segurança para seus atletas.
“Estão conseguindo, nesse momento, trazer de volta ao surf ao vivo na TV, ainda mais agora que não tem muita acontecendo. Só alguns esportes estão voltando. É um ótimo momento para o surf voltar”, garantiu. “O Surf Ranch é um lugar onde conseguem controlar o público, o número de pessoas. O formato vai ser bem legal e só entra quem estiver em condições. Senão, fica fora. Saúde em primeiro lugar. Estão atentos e vão tomar cuidado. Vai ser bem maneiro e estou animado”, ressaltou.
Vice-campeão nas duas etapas realizadas no Surf Ranch pelo CT, em 2018 e 2019, Filipe falou de seu retorno à piscina de ondas criada pelo ícone Kelly Slater, em Leemore, Califórnia. Lembranças não faltam. Na estreia, na Founders Cup pela seleção brasileira, em 2018, fez a maior somatória individual, com 19,40 pontos, tendo o primeiro dez dos juízes no Surf Ranch, para ganhar um Jeep 0k.
Depois, em setembro foi o segundo colocado na primeira vez uma etapa do CT foi realizada lá, com direito à maior nota entre todos, um 9,80. “O Surf Ranch é um lugar bem legal para mim, apesar de o último ano não ter as melhores lembranças, mesmo tendo feito um segundo lugar. Foi um resultado incrível, mas eu estava com uma lesão me incomodando muito, minhas costas doendo demais”, lembrou.
“Mas foi legal poder voltar lá, inteiro, 100%, sem lesões e poder, surfar. Ter lembranças boas”, reforçou Filipinho, um dos maiores experts nessa onda. “Já surfei muito a piscina do Kelly, onda incrível, perfeita. Uma sensação muito doida de saber que em quatro minutos vai vir uma onda perfeita e você sabe que vai ter mais uma oportunidade para fazer o que quiser. É o futuro do surf para a próxima geração e eu acho que vai trazer muitos talentos de várias outras partes do Mundo”, comentou.
FAMÍLIA – Apesar de ansioso para voltar a competir, Filipe Toledo gostou do tempo a mais que ficou em casa com sua mulher Ananda, e os filhos Mahina e Koa, devido à quarentena. “Foi muito bom poder passar um tempo a mais com a minha família, sendo pai, marido, fazendo o que eu não faço na maior parte do ano, porque estou sempre viajando. Deu para recarregar as energias, ver meus filhos crescerem, dar atenção, porque quando voltar vai ser paulada de novo. Quando estou em casa é 100% pai, focado neles, fazendo tudo de melhor”, contou.