Em um quarto de hospital, longe do centro cirúrgico, um número desconhecido liga para Rodrigo Castro Oliveira, técnico de segurança do trabalho da Unimed Campo Grande. Receoso, ele atende e para sua surpresa, por meio de uma chamada de vídeo, anunciam que naquele instante ele acompanharia o nascimento de seu primeiro filho.
Por conta da pandemia pela Covid-19, Rodrigo não pôde acompanhar de perto o momento mais feliz e esperado na vida de um pai, mas garantiu que mesmo assim a emoção foi indescritível. “No dia 23 de abril nasceu um novo eu junto com o Vinícius. Mesmo do outro lado do telefone pude sentir como se estivesse ali”.
O colaborador da Unimed CG lembra que não estar perto durante o nascimento de Vinícius “foi uma surpresa, difícil de aceitar, mas compreendi que para minha segurança, da minha esposa, do meu filho e da equipe que fez o parto, não poderia entrar no centro cirúrgico. E pela chamada de vídeo consegui acompanhar tudo, do corte do cordão umbilical até a primeira higiene, depois o levaram para o quarto, parecia que o coração sairia pela boca, fiquei anestesiado, um sentimento de amor que eu nunca tinha sentido antes”.
Com a experiência que viveu Rodrigo disse que o Dia dos Pais, comemorado no próximo domingo (09), terá um sentido diferente. “Acompanhar de longe o nascimento dele deu um novo significado de presença paterna, sem contar que será muito especial, sempre quis saber como era a experiência sendo pai, e agora vou saber como é, sem falar que o presente é o melhor de todos: o Vinícius comigo”, conta.
Quem ama, cuida
Pai de duas meninas, Heloísa de três anos e Isadora de apenas sete meses, o coordenador do Unimed Em Casa, Reginaldo Toble Falcão relata que a pandemia também trouxe à sua rotina de pai alguns desafios. “Com a pandemia em crescimento, a contingência também chegou dentro de casa. O contato físico com as crianças se torna mais escasso, menos beijos e abraços, e isto realmente tem sido de difícil aceitação, mas fundamental para a segurança de todos. Quem ama protege, então seguimos em frente”, diz.
Os cuidados também foram redobrados com a higiene. “Sempre tive cuidado com o meu retorno em casa, mesmo antes da pandemia. Sou fisioterapeuta de formação e ao chegar em casa, seja vindo do hospital ou de pacientes domiciliares, sempre deixei roupas e sapatos em área separada, logo indo para o banho e higienizando os acessórios utilizados na rotina de trabalho. Com a pandemia, e por ter crianças em casa, essas rotinas estão sendo ainda mais severas”.
Mesmo com a restrição de contato e adoção de hábitos diferentes por conta da situação pandêmica que o mundo vive, Reginaldo é otimista, e fala que aprendeu diversas lições. “Com as minhas filhas entendi que podemos sim estar presentes mesmo estando distantes, entendi que a alegria não está somente em passeios e viagens, entendi que quando se tem amor e cumplicidade, tudo fica completo mesmo sem sair de casa, e que o respeito é a base para uma família feliz”, relata.
“E esse Dia dos Pais vai ser muito especial, será o primeiro com nossa caçulinha Isadora nos braços. Ser pai sempre foi um sonho para mim, e de duas meninas então, com certeza esta data será sempre especial”, completa.