O marketplace pode ser comparado aos shopping centers do mundo físico. Basicamente, é um único local digital que possui um conjunto de diferentes lojas e vendedores, assim como em um shopping.
É para o marketplace que são direcionados os consumidores on-line que são atingidos por estratégias de divulgação e campanhas patrocinadas – aquelas que você recebe no seu computador ou smartfone, que às vezes é exatamente daquele produto que você estava dizendo que precisava.
Mas calma, não significa que a sua casa está grampeada. Essas divulgações derivam do seu próprio comportamento on-line: quais páginas você acessa, quais são seus produtos favoritos em determinadas épocas do ano, ou o que você está pesquisando – informações que são usadas para atrair milhares de consumidores para diferentes sites.
Como é na prática?
Depois da venda, no marketplace, os anunciantes têm os dados dos clientes, o que permite a construção de um relacionamento posterior com a marca. É o caso do Mercado Livre, que, ao obter essas informações, trabalha para construir uma relação com seus clientes atuais e potenciais, oferecendo benefícios e vantagens como o cartão mercado pago.
Mas para a maioria das empresas, a fidelização é um ponto crucial para o sucesso, pois o fluxo de pessoas no ambiente on-line é constante e alto durante todos os dias, e a concorrência é ferrenha.
Afinal, existem pessoas que entram em um marketplace buscando uma categoria de produto, mas acabam comprando outros. Então, um vendedor de tênis pode estar concorrendo com um vendedor de geladeira.
Para o consumidor, a oferta é um ponto que influencia a decisão de compra, e com certeza uma promoção ou vantagem conta muito.
Como ganhar – e reter – o interesse dos consumidores?
O ambiente do marketplace pode ser extremamente diversificado, como é o caso do Mercado Livre, que oferece um extenso “cardápio” de produtos, ou pode ser verticalizado, como é o caso da Netshoes, que foca em artigos esportivos.
O marketplace pode ser um bom ponto de partida para marcas que queiram testar o ambiente online antes de abrir o próprio e-commerce. Ter ali, em um ambiente digital, um espaço, uma “loja”, pode dar informações importantes ao anunciante, como avaliações, preferências de produtos, e ofertas similares de concorrentes.
Já o mercado de afiliados representa mais uma maneira que um anunciante tem para atingir seus objetivos digitais por meio de uma rede de parceiros, como sites de cupons, blogs, e sites de conteúdo.
Anúncios são colocados nesses outros meios, com seus benefícios próprios, e as pessoas são direcionadas ao site da marca.
Quanto mais pessoas vendo, melhor.
Algumas métricas de avaliação podem ser analisadas na estratégia de afiliação, sendo uma das principais o tráfego para o site. Quais são as páginas mais acessadas? Qual é o comportamento do usuário dentro do ambiente on-line?
Essa é uma diferença crucial para os anunciantes, já que a conversão (tráfego para o site ou loja) no modelo de afiliação é somente paga depois que ela acontece.
No marketplace, o pagamento para a plataforma é realizado quando a venda é efetuada, e todo o tráfego quem “recebe” é o próprio marketplace.
Os esforços são feitos para levar a este “shopping digital” o maior número de pessoas possível. Só para ter uma idéia, o Mercado Livre, por exemplo, é o oitavo site mais acessado do Brasil, onde as pessoas visitam em média 12 páginas por dia a gastam mais de 10 minutos diariamente (estudo da Alexa).
Consumidores novos
O mercado de afiliados tem o benefício ainda de trazer às marcas pessoas que ainda não a conhecem, ou seja, a oportunidade de atrair e reter novos clientes.
É possível, por exemplo, oferecer cupons de primeira compra, ou colocar comissões diferenciadas para novos compradores. O alcance é sempre grande para consumidores de primeira viagem, porém as vendas recorrentes também acontecem.
Numa filiação, é importante ressaltar que os formatos de divulgação podem ser diferenciados, como no uso de influenciadores digitais na estratégia – algo que provou nos últimos anos ser uma ótima maneira de atingir pessoas.
Claro, as duas estratégias possuem as suas diferenças e particularidades, mas podem ser complementares em um plano de presença digital para as marcas.
E isso também é uma vantagem para os consumidores, que encontram produtos de uma mesma loja em vários lugares, desfrutando de diferentes benefícios.