Marilda, a empregada dos Velmont em Fina Estampa faz o maior sucesso com suas caras e bocas na mansão da rainha do Nilo que voltou com tudo no horário nobre. Kátia Moraes comemora o retorno da sua personagem e a possibilidade dessa volta poder abrir as portas nesse momento tão difícil para classe artística, devido a pandemia do coronavírus.
Numa entrevista exclusiva para o Canal Lisa, Leve e Solta da jornalista Lisa Gomes, a atriz contou como foi trabalhar com Christiane Torlone, já que pelos bastidores dizem que conviver com ela não é um mar de rosas, “Foi super fácil e eu discordo disso completamente e sempre discordei. Sou uma pessoa muito grata a Christiane e quem fala disso, eu acho que tá um pouco equivocado porque eu não sou inclusive a única empregada dela que se destacou, então alguma coisa tem aí, concorda? Ela é uma atriz muito generosa, é uma mulher que faz teatro, veio do teatro e que reconhece um bom ator, ela realmente é reservada, gosta de ter o camarim dela e eu não vejo isso com maus olhos, pelo contrário, acho que a pessoa tem todo direito, ainda mais uma mulher com a carreira que ela tem. Eu aprendi muito com ela” diz.
Kátia aproveitou para contar uma curiosidade da época, “As pessoas não me reconheciam muito. Era a minha primeira novela e eu tava muito caracterizada e eu de cabelo solto pareço outra pessoa “ revela.
Quando o assunto é financeiro, Kátia desconversa e deixa no ar se está ganhando dinheiro com a reprise de Fina Estampa, “Eu não sei ainda porque, até fui me informar e eles fazem a conta no final. Mas com certeza existem os direitos conexos, mas eu não tenho dimensão ainda”.
O ator Marco Pigossi fez uma live com o apresentador e ator João Vicente de Castro no Instagram do Canal GNT, e surpreendeu ao dizer que é contra a reprise da novela Fina Estampa, escrita por Aguinaldo Silva, que inclusive ficou bem chateado com a declaração do ator. Kátia resolveu opinar sobre a declaração do colega e disparou: “ A palavra realmente foi muito forte, “Devia ser proibido” nada devia ser proibido, eu acho que a gente tem que respeitar nossa história e ter gratidão, muita gratidão, tudo que acontece na vida de um ator, que pra crescer ele precisou desse trabalho. Eu entendo que ele não tenha feito por mal, mas como eu gosto muito do Aguinaldo (Silva) confesso que fiquei chateada, porque eu sempre tive tanta gratidão, eu sou uma pessoa grata. Eu sei falar de mim! Sou uma pessoa grata por todos os meus trabalhos. A gente tem que ser grato pelas coisas, não é chamar ingratidão, talvez ele não tenha tido a dimensão. Eu entendo também o Aguinaldo de ter ficado chateado, porque Fina Estampa é uma filha dele, é uma novela dele, ele fez com amor. É só uma questão de se retratar, pedir desculpas e reconhecer, ele não chegaria crescer como ator se não tivesse sido o mocinho, afinal foi o primeiro mocinho dele em Fina Estampa”.
Assim que terminou a novela Fina Estampa, Kátia Moraes continuou trabalhando por mais 1 ano na TV Globo, fez um quadro com a Cláudia Rodrigues no Zorra Total, depois continuou na casa trabalhando apenas por diária. Em seguida foi para Recordtv para participar da Nova família trapo, conquistou a direção da emissora paulista e assinou um contrato de 5 anos com, fez os 10 mandamentos, Os Milagres de Jesus, Belaventura e a primeira fase de Jesus.
Logo que acabou seu contrato com a Recordtv, Kátia Moraes tentou voltar para TV Globo, “Eu tentei entrar em contato com a Rede Globo e não consegui, cheguei a mandar e-mail e não responderam. Eu tenho um filho pra criar e não dá pra ficar pedindo pelo amor de Deus pra todo mundo” lembra.
Kátia não viu outra solução a não ser vender quentinhas para ajudar nas despesas da casa e sustento do filho, “Meu contrato acabou e eu fiquei pensando na carreira, fiquei pensando em montar um negócio de comida, porque tem que sobreviver né? O ator quando trabalha não tem que gastar tudo, eu me planejei por um tempo e aí veio a pandemia. Vivo do que eu guardei e direitos conexos, e eu vou me virando. Eu fiz quentinhas por 6 meses, dei uma parada por causa da pandemia, porque não foi tão fácil assim vender, as pessoas começaram a ficar dentro de casa e a cozinhar mais. Eu ia pro camelô e nunca tive vergonha, acho que trabalho é digno. Agora 6 meses atrás eu fiz com essa minha amiga e eu que ia entregar”, revela.
A eterna empregada de Tereza Cristina, está com 48 anos e solteira há 6 anos, mas não deixa de acreditar no amor, por enquanto ela está arriscando em conhecer alguns pretendentes por aplicativos de namoro, “Tô solteira, eu fui casada muitos anos, e a pessoa que foi casada muito tempo tá acostumada ter bofe. Tô sozinha e tô achando ótimo, rolo, essas coisas tive sim, é claro! Sempre fui namoradeira, mas tô achando bom esse período porque eu acho que precisava me encontrar em muitas coisas, ter esse momento comigo. Não estou procurando, entrei até em aplicativos e saí, no Tinder estou até hoje” brinca.
Ainda na entrevista, Kátia relembra que trabalhou com Zé Mayer em Fina Estampa e lembra com carinho do ator que segundo ela, nunca faltou com respeito, “Sou muito feminista também, na época que aconteceu tudo isso eu li a carta da menina (Su Tonani) e a carta dela é muito bem escrita e fiquei muito comovida, nós mulheres sabemos do que a gente passa de preconceito e eles nem percebem. Na época eu não postei nada porque eu iria defendê-lo e eu tava contratada da Record, então podia parecer que eu queria chamar atenção, então não falei nada. Sou grata a ele, maravilhoso, um gentleman e generoso comigo. Eu só chorei na minha vida com ator duas vezes, com ele e com a Dona Eva, de emoção, de ter contracenado. Na época ele foi muito linchado, hoje em dia não cabe mais fazer isso com o ser humano. Fiquei com medo de ser atacada” contou.
Vale lembrar que em 2017, a figurinista Su Tonani, acusou José Mayer de assédio, o que levou a demissão do ator em 2018 da TV Globo.
Kátia Moraes também pretende seguir os passos de alguns colegas atores e diz que toparia entrar em algum reality show, “Eu entraria porque é impossível você recusar visibilidade e a grana que é né? Você acaba aceitando, mas acredito que seja um processo difícil”.
Assista a entrevista completa: