Você sabe o que é COE?

Existem muitas opções de investimentos no mercado financeiro e, dentre tantas, é importante entender um pouco mais sobre elas para buscar aquelas que se encaixam mais no seu perfil de investidor.

Para aqueles que estudam sobre investimentos e finanças, certamente, o COE já apareceu nas pesquisas. E você, sabe o que é COE e como esse investimento pode se encaixar em seu cenário? Saiba mais sobre ele!

Foto: Shutterstock

O que é COE?

O COE, Certificado de Operações Estruturadas, é um título emitido por bancos que proporciona que o investidor aplique simultaneamente em renda fixa e variável.

Esse tipo de operação é amplamente utilizado nos EUA e Europa desde o final dos anos 80, lá chamados de Notas Estruturadas, e está no Brasil regulamentado e sendo emitido desde 2015. Esse investimento promete ganhos acima renda fixa, associados a um risco controlado, sendo uma ótima opção para todos os tipos de perfis de investidores.

O COE busca prever o comportamento do mercado nacional e internacional, apostando em ações, índices como Ibovespa, moedas, commodities, inflação, juros, entre outros. Ao “acertar” a previsão, o COE paga ao investidor a parcela da renda fixa e variável. Por outro lado, se houver erro da previsão, o investidor recebe apenas a parcela da renda fixa.

Podem emitir o COE bancos múltiplos, comerciais, bancos de investimento, caixas econômicas e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES);

Tipos de COE

No Brasil existem dois tipos de COEs: Capital Protegido o de Capital de Risco. O COE da espécie Valor Nominal Protegido (VNP) garante que, qualquer que seja o cenário, ao fim do prazo de investimento, o indivíduo resgata no mínimo o capital aplicado inicialmente.

Já o COE de Valor Nominal em Risco (VNR), não há garantias do total aplicado pelo investidor, podendo perder parte do capital investido no prazo de vencimento. Nesse caso, é possível perder o capital, mas não corre risco de perder mais do que tem e contrair dívidas com o investimento.

A grande maioria dos Certificados de Operações Estruturadas emitidos são do tipo protegido, porém, ao investir nessa modalidade é preciso ter atenção ao DIE, o Documento de Informações Essenciais.

Nele, o distribuidor do COE, seja corretora ou banco, fornece informações principais do seu investimento, como modalidade e garantia, emissor, rentabilidade, prazo, regras de ganhos e perdas, entre outros.

Tributação do COE

A tributação para os Certificados de Operações Estruturadas são os mesmos aplicados em investimentos de renda fixa, em que a tabela de imposto de renda é regressiva e acontece no momento do resgate.

Em investimentos de até 180 dias, a alíquota deduzida é de 22,5%. De 181 a 360 dias, a tributação é de 20%. De 361 a 720 dias, a porcentagem se dá em 17,5% e, acima desse prazo, a alíquota cobrada é de 15%.

Caso o resgate aconteça em um período menor do que 30 dias, é cobrado também o IOF, Imposto sobre Operações Financeiras, que varia de 96% a 3% a depender do dia. Lembrando que só haverá imposto a pagar se a rentabilidade final do COE for positiva.

Quais as vantagens e desvantagens do COE?

Assim como qualquer tipo de investimento, há benefícios ou prejuízos e é importante refletir sobre ele antes de qualquer aplicação. Listamos pontos importantes:

Vantagens

  • Permite a internacionalização dos investimentos e investimento em câmbio e mercado estrangeiro;
  • Possibilidade de alto desempenho;
  • Chance de diversificação de carteira e acesso a novos mercados, como ações, opções, moedas e commodities;
  • Baixo risco para perdas;
  • Não possui taxas e tem tributação simplificada;
  • Manutenção do capital principal, no caso do VNP;

Desvantagens

  • Custo de oportunidade;
  • Tem baixa liquidez;
  • Ganhos limitados, no caso do VNP;
  • Não possui garantia do FGC, o Fundo Garantidor de Créditos, ou seja, se o emissor quebrar, não há garantia do retorno do capital ou o processo pode ser demorado;

Esses são alguns dos pontos cruciais dos Certificados de Operações Estruturadas. Assim como qualquer investimento, é preciso entender a fundo e buscar diversas fontes de informação e, até mesmo, assessorias, para fazer bons negócios.

Você já conhecia o COE? Agora que você sabe mais sobre ele, ele combina com o seu perfil de investidor? Aproveite suas novas informações e amplie sua cartela de investimentos!

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