Acolhimento e escuta empática são fundamentais na relação com alunos e famílias

Diante dos desafios da pandemia e das aulas on-line, a Escola SEB Dínatos investiu em projetos que tornassem o relacionamento com as famílias ainda mais próximo e oferecessem apoio socioemocional aos alunos e seus pais.

Desde que a pandemia começou e as aulas migraram para o on-line, toda a comunidade escolar foi impactada e precisou superar desafios para prosseguir na jornada pela educação. Enquanto alunos, professores e equipe pedagógica tiveram que se adaptar às novas tecnologias e rotinas de aulas e estudos, as famílias sofreram mudanças profundas com a hiper convivência em casa e tiveram que se reorganizar em termos de tempo e espaço, conciliando a nova vida doméstica com as responsabilidades profissionais e o acompanhamento da atividade escolar dos filhos.

Foto: Divulgação

Diante de tantos desafios, a Escola SEB Dínatos, em Brasília, reforçou ainda mais a sua atuação no acolhimento da comunidade escolar. No caso dos estudantes, em que o socioemocional se apresentou como um aspecto tão ou mais necessário do que o simples aplicar de conteúdos teóricos, a escola priorizou o equilíbrio entre as questões acadêmicas de qualidade e a saúde mental e física dos jovens.

Já com as famílias, foi desenvolvido um trabalho intenso de acolhida, escuta empática e resposta rápida para as angústias e dúvidas que surgiram com o novo papel que elas tiveram que assumir no processo de aprendizagem dos filhos. Para isso, a escola passou a realizar mais atendimentos personalizados com a equipe pedagógica e criou novos canais de comunicação, ampliando as possibilidades de contato com mães e pais.

Fizemos todo um trabalho de conscientização para que as famílias não exagerassem na cobrança, compreendendo que não são tutores nem professores, e que exigissem dos alunos na medida certa, porque no começo do processo muitas delas tinham a sensação de que os filhos não estavam estudando o suficiente. Então, fomos dialogando para chegar a um equilíbrio juntos. E também mostramos que estávamos ali com elas para dividir essa função, mesmo que à distância“, explica Alexandra Viegas Romeiro, orientadora educacional da SEB Dínatos.

SOS famílias e alunos

Por meio do SOS – Serviço de Orientação SEB, Alexandra vem auxiliando mães e pais preocupados com a produtividade e a aprendizagem dos filhos, e também os próprios estudantes, que sentiram dificuldade em se organizar no novo cenário das aulas remotas. “Muitos alunos marcaram atendimentos individualizados em busca de orientações sobre como estruturar a rotina de estudos. Então, primeiro eu entendia o dia a dia dele, o que gosta de estudar, outras atividades que faz além da escola, em qual horário estuda melhor, qual é o estilo de aprendizagem, etc. Depois, eu e ele criávamos um planejamento juntos, para ele testar ao longo da semana e descobrir o que realmente funcionava e o que precisaria ser mudado. É essencial que o aluno faça essa autoavaliação até chegar no melhor formato“, explica.

De acordo com Priscilla Cunha, mãe da aluna Larissa Tundis, do 6º ano, nesses tempos incertos que estamos vivendo, uma das únicas coisas que ela tem certeza é de que a filha está sendo muito bem cuidada pela escola, mesmo com a distância física imposta pela pandemia. “Como estou acompanhando a rotina escolar dela mais de perto, percebo que os professores apontam os caminhos, mas é ela quem tem que trilhá-los. Eu vejo que minha filha está aprendendo, tem vontade de estudar e está feliz, então minha satisfação é imensa. Sou muito grata por todo o suporte que as equipes administrativa e pedagógica ofereceram não só aos alunos, mas também a nós, famílias, durante todo o ano letivo, sempre com competência, comprometimento e cuidado“.

Preparação para a aula e o vestibular

Entre os alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental II, a orientadora educacional conta que uma das principais questões que surgiram durante o período de aulas on-line foi a organização da rotina da manhã antes do início das aulas. “Alguns deles estavam acordando apenas 15 minutos antes de começar a aula, então eles nem tinham tempo de se preparar direito para a atividade. Nesses casos, eu sugeria que eles encarassem a rotina da manhã do mesmo jeito que fariam se a aula fosse presencial, ou seja, acordando mais cedo para tomar banho, tomar café e fazer o que fosse necessário para estarem preparados e focados no momento das aulas“, afirma.

Já os jovens do Ensino Médio enfrentaram problemas para estruturar a rotina do dia todo, devido à preparação para o vestibular, que extrapola o horário específico da aula e acaba exigindo uma dedicação maior de horas de estudo. Também por meio de atendimentos individualizados, Alexandra elaborou esse planejamento junto com os alunos e teve retornos muito positivos. “Como já estamos há muito tempo com aulas remotas, nos últimos meses eu recebi mensagens de alunos dizendo que estão se sentindo cansados e desmotivados. Então, eu tenho trabalhado essas questões de saúde emocional com eles, para que possam encontrar motivação, dar um gás e terminar bem o ano“, complementa.

Eu fiz um atendimento com a orientadora educacional Alexandra Romeiro porque precisava de ajuda e queria um direcionamento para os meus estudos. Juntas, criamos uma rotina dentro da minha disponibilidade, visando as provas do Enem e o PAS. Essa organização foi superimportante e me ajudou a manter o foco e aprimorar minhas técnicas de estudo. Sinto que agora tenho uma rotina produtiva e mais segurança para resolver provas e exercícios”, conta Julia Ellen de Assis, aluna da 3ª série do Ensino Médio.

Altos papos com o Ensino Médio

Outro projeto que ajuda os alunos da 1ª à 3ª série do Ensino Médio a refletir sobre questões importantes da atualidade é o Altos Papos, que foi criado a partir da necessidade de conversar com os jovens sobre competências e habilidades do profissional do futuro. Em encontros semanais, realizados virtualmente, os estudantes assistem a palestras com convidados especiais que compartilham suas experiências profissionais e de vida e falam sobre as vantagens de estudar no exterior, soft e hard skills, como aprender a aprender, competências socioemocionais e habilidades como flexibilidade, criatividade, iniciativa, negociação, persuasão e a capacidade de resolver problemas complexos, entre outros temas.

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