No Dia Mundial do Diabetes, especialista destaca a importância da alimentação no tratamento dos pacientes

"Alimentos como legumes, folhas, frutas e cereais integrais que agregam grande quantidade de fibras devem ser consumidos diariamente", destaca Silvia Ramos

Criado em 1991 pela Federação Internacional de Diabetes (IDF) junto à Organização Mundial de Saúde (OMS), o Dia Mundial do Diabetes, celebrado em 14 de novembro, tem o objetivo de conscientizar sobre os problemas associados à doença. A nutricionista Silvia Ramos, do Conselho Regional de Nutricionistas da 3ª Região SP-MS (CRN-3) e especialista no tema fala sobre a importância da data e os cuidados com a alimentação.

Foto: Divulgação

“O dia traz um alerta para os problemas que envolvem o diabetes como alta mortalidade por doenças cardiovasculares, acidente vascular cerebral, além de complicações renais, na visão e alteração da sensibilidade nos membros, muitas vezes levando a amputações”, pontua Silvia.

No Brasil, a entidade responsável por organizar a campanha em nível nacional é a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD). As ações criadas para a data são uma resposta ao alarmante crescimento do diabetes. Segundo dados do Atlas IDF 2019, a incidência de diabetes tem aumentado e, no Brasil, já são mais de 17 milhões de pessoas com o diagnóstico.

Para a nutricionista, embora existam diferentes tipos de diabetes, o profissional de nutrição pode atuar tanto na prevenção de alguns tipos como no tratamento daqueles que já possuem o diagnóstico. “Por meio da alimentação, é possível trazer um dos componentes da educação em diabetes, também conhecida por meio dos sete comportamentos do autocuidado, que envolve a questão de ter uma alimentação saudável”, ressalta.

No Brasil, o referencial são as orientações do Guia Alimentar para a População Brasileira. Sobre a alimentação dos pacientes, Silvia destaca: “deve ser baseada em alimentos in natura como frutas, verduras, legumes e carnes. Também produtos minimamente processados como arroz e feijão, limitando o consumo de alimentos processados e evitando alimentos ultraprocessados”.

A conselheira do CRN-3 completa. “Alimentos como legumes, folhas, frutas e cereais integrais que agregam grande quantidade de fibras devem ser consumidos diariamente, pois estão relacionados ao melhor controle do diabetes. Aqui, o desafio é estabelecer o tamanho da porção para que os benefícios sejam de fato percebidos”.

O tratamento do diabetes depende de uma equipe multiprofissional especializada e, se possível, com educadores em diabetes credenciados pelos órgãos internacionais, tornando o cuidado integrado. O nutricionista como membro da equipe é fundamental. “Nosso papel é apoiar, orientar e traduzir as informações em saúde e para a linguagem do paciente e facilitar as escolhas alimentares. Sendo imprescindível a presença do profissional em todos os níveis de atenção em saúde para pessoas com diabetes”, finaliza Silvia Ramos, Conselheira do CRN-3.

Os tipos mais comuns de diabetes

Diabetes tipo 1

O corpo não produz nada de insulina

Diabetes tipo 2

O corpo produz insulina, mas não consegue aproveitar bem, muitas vezes pelo excesso de peso

Diabetes Gestacional

Inicia durante a gestação e está relacionada à mudança hormonal que ocorre neste período

Diabetes tipo LADA

Se assemelha ao diabetes tipo 1, entretanto inicia no adulto jovem entre 20 e 30 anos e aos poucos há parada da produção de insulina

Diabetes tipo Mody

É de origem genética e tem as mesmas características do tipo 1

Dia Mundial do Diabetes

Em 2006, a Organização das Nações Unidas (ONU), por meio da Resolução nº 61/225, criou a data de 14 de novembro para conscientizar todas as nações do mundo de que o diabetes é, de fato, uma doença epidêmica com impacto social e econômico grave, principalmente entre os países em desenvolvimento. A cor azul, que simboliza a data, foi escolhida representando as cores da ONU, lembrando que o diabetes está presente em todo o mundo.

Alguns objetivos das campanhas do Dia Mundial do Diabetes englobam os impactos do diabetes, além de estimular políticas públicas que favoreçam e possibilitem aos portadores da doença viver mais e melhor, promovendo o diagnóstico precoce e orientar sobre formas de tratamento adequado.

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