Operação Segunda Parcela: phishing e vazamento de dados abasteceram criminosos

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (10) a sua maior operação no combate às fraudes relacionadas ao auxílio emergencial. A Operação Segunda Parcela está ocorrendo em 14 Estados e já detectou mais de 3,82 milhões de pedidos de cadastramento irregulares.

Foto: Divulgação

De acordo com a PF, a maioria dos pedidos foi feita por grupos de criminosos em nome de vítimas que não sabiam que seus dados estavam sendo usados para tal finalidade. E para evitar que o valor do auxílio fosse depositado nas contas dos reais beneficiários, os fraudadores emitiam boletos, simulando uma operação comercial, e creditavam o benefício em contas criadas por eles.

Mas como os criminosos conseguiam esses dados?

analista sênior de segurança da Kaspersky Fabio Assolini explica que, na maioria dos casos, isso é obtido por meio de phishing. Em março, antes mesmo do anúncio do auxílio pelo Governo Federal, o especialista já havia alertado sobre mensagens falsas sendo disseminadas por redes sociais, pedindo a inscrição de dados para recebimento do benefício: “É provável que muitos desses casos tenham sido usados para cadastramentos irregulares depois”, comenta. Segundo levantamento da Kaspersky, um em cada oito usuários de internet no Brasil receberam ataques de phishing durante a pandemia, sendo o País o quinto mais atacado no mundo.

Assolini acrescenta que outra fonte de obtenção de dados seriam os “brokers”, hackers que coletam e revendem dados no mercado ilegal da internet, como a Kaspersky mostrou em artigo recente.

Nesta publicação no blog da Kaspersky, você encontra mais informações sobre como se proteger contra fraudes em benefícios sociais

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