Caçula do Oi HD São Paulo Open, Samuel Pupo faz sucesso digno dos tops do WCT em Maresias

Surfista Samuel Pupo competindo – Foto: Daniel Smorigo WSL

Surfista Samuel Pupo competindo – Foto: Daniel Smorigo WSL

Até poucas semanas atrás, ele ainda competia como amador, mas no Oi HD São Paulo Open of Surfing, QS 10000 que está sendo disputado na Praia de Maresias, em São Sebastião, já está chamando a atenção dos fãs quase na mesma proporção que os tops do WCT. Caçula do evento, com apenas 15 anos, Samuel Pupo chegou credenciando, após a vitória no Nossolar Trials e por ser irmão mais novo do top do WCT, Miguel Pupo.

E não decepcionou. Logo em sua estreia teve pela frente uma das estrelas da competição, o campeão mundial Gabriel Medina. Os dois avançaram juntos para o segundo round, com o jovem talento tendo um “ajuda” do ídolo. Depois disso, o sucesso foi inevitável, tanto com a mídia quanto com a torcida. Foram várias entrevistas e muitos autógrafos e selfies.

Nesta quinta-feira, com o evento adiado, Samuca foi surfar em frente ao palanque e ao sair do mar, foi cercado pelos fãs para uma nova sessão de fotos, mesmo com toda a sua timidez. “É meu primeiro QS da vida e estava muito ansioso. Consegui avançar a primeira bateria e gosto muito desse crowd torcendo por mim”, disse, fazendo uma alusão ao termo usado pelos surfistas quando o mar está lotado.

Surfista Samuel Pupo com o pai e o irmão – Foto: Daniel Smorigo WSL

Surfista Samuel Pupo com o pai e o irmão – Foto: Daniel Smorigo WSL

“Isso me deixa muito feliz e não deixo meus fãs sem uma foto de jeito algum. Qualquer um que pedir eu tiro foto, dou autógrafo”, acrescentou o surfista, sempre aconselhado pelo irmão e pelo pai, o veterano Wagner Pupo. “Eles me incentivaram nas manobras radicais e sobre estratégias de bateria. Essa experiência é muito importante para mim. Minha família é 100% surf. Minha mãe já surfou bastante. Já está no sangue. Por isso que comecei tão cedo. Por isso que já estou aqui com 15 anos no QS. Isso me ajudou bastante. Sem eles não estaria aqui”, contou.

Outro grande “auxilio” vem do vizinho Gabriel Medina, que várias vezes já declarou apoio ao novo fenômeno do surf brasileiro. “Ele e o Miguel são meus ídolos. A gente surfa juntos desde quando eu era criancinha e eles já eram do QS. Aqui, logo na primeira bateria, caí contra o Gabriel. Tremi bastante. Comecei com vários zeros. Mas consegui manter a calma e fazer um sete, com um aéreo numa onda fechando, exatamente a que eu gosto de ir”, lembrou.

“No final, ele até ajudou um pouco na marcação para eu poder passar. Na bateria é cada um por si, mas ele me ajudou, graças a Deus”, confessou o surfista, que tem como principal característica o aéreo. “É minha manobra favorita. O tempo inteiro fico esperando a oportunidade de arriscar. Treino bastante”, relatou.

Surfista Samuel Pupo com o pai e a mãe no Palanque – Foto: Fábio Maradei

Surfista Samuel Pupo com o pai e a mãe no Palanque – Foto: Fábio Maradei

Mas se voar é fácil, entubar é sua maior dificuldade. “Aqui em São Sebastião tem duas ondas tubulares, Paúba e Santiago. Então, sempre que dá onda grande, eu vou para lá para treinar o tubo e ficar bem ‘deep’. Meu problema é acertar o tubo de backside, mas tenho bastante temo para treinar. Ano que vem, o tempo que eu tiver livre, vou para Teahupoo, Fiji, para treinar”, comentou, já pensando num futuro próximo, em duas das etapas mais emblemáticas do WCT.

Ele sabe que 2016 será um ano de mudanças radicais, com a disputa, para valer, do Circuito QS, podendo chegar à elite mundial com apenas 16 anos. “O Kanoa Igarashi está entrando com 18 e eu quero entrar com tudo. Por isso quero fazer seeding. Ano que vem vai ser muito difícil. Eu e meu pai vamos escolher bem as etapas que acho que vou me dar bem, como beach break”, falou.

A preparação para a nova fase vai além das ondas. Garante que o inglês está afiado e a relação com os patrocinadores, um ponto fundamental para quem quer seguir o Tour, já foi formatada. “Fui para a Austrália no começo do ano e treinei o meu inglês para, se passar baterias, dar entrevista em inglês”, destacou. “Tenho cinco patrocinadores, que me ajudam bastante. A Rip Curl, que é o principal, a Monster, com um contrato grande, a HB, a Vult e a Rubber Stick. Graças a Deus tenho bons patrocinadores”, elogiou.

Se no mar, Samuca é bem radical, em casa é totalmente tranquilo e apegado à família. Gosta de assistir TV, em especial filmes de surf, e escutar música, de todos os gêneros, menos forró. “De tudo um pouco, rock, reggae, rap, pagode, sertanejo. Na TV, assisto bastante o Off, não interessa o que esteja passando. Não sou de sair. Gosto de ficar em casa, porque sei que daqui a pouco vai todo mundo se espalhar. Como o Miguel já fez. Vou começar a viajar e não vou ficar muito com eles. Claro, vou tentar levar eles em algumas etapas, mas não serão todas”, afirmou.

Os pais demonstram muita confiança no futuro do filho mais novo. “Ele é focado, obstinado. Totalmente surf. Vou ver os dois ainda correndo uma bateria juntos no WCT”, afirma Jeane Pupo. “Ele é fissurado, determinado e alegre. O irmão se espelhou em mim e agora o Samuel se inspira no Miguel. Está criando um sonho junto com o irmão”, complementou Wagner Pupo.

Surfista Samuel Pupo concedendo entrevista e dando autógrafos aos fãs – Foto: Fábio Maradei

Surfista Samuel Pupo concedendo entrevista e dando autógrafos aos fãs – Foto: Fábio Maradei

Apesar de só ter 15 anos, a experiência de Samuel é grande. Só este ano, já viajou nada menos que três vezes para a Indonésia. Também foi para a Austrália e duas vezes para a Califórnia. E unindo os conselhos do pai e do irmão, a vivência nas viagens e o talento, Samuca ganha confiança. “Se for com bastante vontade e foco, consigo chegar lá”, completou.

O Oi HD São Paulo Open of Surfing apresentado pelo Banco do Brasil tem sequência nesta sexta-feira, com a chamada às 7h30. A expectativa é que a grande final seja no domingo, com o vencedor garantindo US$ 40 mil e 10 mil pontos no ranking QS e o vice, US$ 20 mil e 8 mil pontos. O evento tem transmissão ao vivo pelo www.worldsurfleague.com e também pelo www.saopauloopen.com.br.

O QS 10000 Oi HD São Paulo Open of Surfing apresentado pelo Banco do Brasil tem os patrocínios de Oi e HD (Hawaiian Dreams) e Banco do Brasil, copatrocínios de Construtora Nosso Lar, Vult Cosméticos, Back Fish e Rádio 89 FM. Apoios do Governo do Estado de São Paulo e Prefeitura de São Sebastião. O evento é homologado pela World Surf League, com apoio institucional da Federação Paulista de Surf, Associação de Surf de São Sebastião e Associação de Surf de Maresias. Divulgação: Revista Fluir, Waves, ESPN e 89 FM, com transmissão ao vivo pelo www.worldsurfleague.com.

A OI E O ESPORTE – A Oi tem longo histórico de apoio ao esporte, com patrocínios a grandes eventos, equipes e atletas de diferentes modalidades, como basquete, judô, futebol, surfe e skate. A companhia tem grande expertise no apoio ao esporte, seja com patrocínio ou com prestação de serviços de telecomunicações em grandes competições realizadas no país. Entre os exemplos recentes, a Oi foi uma das patrocinadoras oficiais da Copa do Mundo no Brasil em 2014 e da Copa das Confederações em 2013. A companhia também apostou no basquete patrocinando o NBA Global Games Rio 2015 e o torneio NBA 3X, além de apoiar os Jogos Cariocas de Verão e o Oi Bowl Jam de skate. A Oi também patrocinou este ano o Oi Rio Pro, a etapa brasileira do Samsung Galaxy World Surf League Championship Tour (CT), e patrocina os surfistas brasileiros de destaque na WSL: Gabriel Medina, Adriano de Souza, Filipe Toledo e Silvana Lima.

SOBRE A HD – A Hawaiian Dreams, mais conhecida como HD, surgiu no início da década de 80 buscando evidenciar o espírito do primeiro esporte radical do mundo, o surf, juntamente com o sonho daqueles que desejam deslizar sob a melhor onda do planeta, no Havaí. Hoje a HD não representa apenas uma marca de roupa que resgata esse sonho havaiano, mas a atitude e busca dos melhores momentos em cada “viagem”. Sair da rotina, encarar desafios, aproveitar ao máximo cada instante da jornada. Acompanhando a evolução do esporte, a marca também embarcou na onda do skate, esporte derivado do surf e que teve início na Califórnia, Estados Unidos, trabalhando em suas coleções uma moda streetwear cheia de atitude e originalidade.

SOBRE A WORLD SURF LEAGUE – a World Surf League (WSL) organiza as competições anuais de surfe profissional e as transmissões ao vivo de cada etapa pelo worldsurfleague.com, com todo o drama e aventura do surfe competitivo em qualquer lugar e na hora que acontecer. As sanções da WSL são para os circuitos: World Surf League Championship Tour (CT), que define os campeões mundiais da temporada, Qualifying Series (QS), Big Wave Tour, Longboard e Pro Junior. A organização da WSL está sediada em Santa Monica, Califórnia, com escritório comercial em Nova York, além de sete escritórios regionais de apoio na organização dos eventos, na América do Norte, Havaí, América do Sul, Europa, Austrália, África e Ásia.

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