Em época de pandemia há um fenômeno que não é novo e se repete cada vez que a humanidade enfrenta desafios assim. Obviamente cada realidade tem os seus contornos e aspectos únicos, mas os negacionistas sempre existiram. Partindo desta informação, o neurocientista e jornalista Fabiano de Abreu explica-nos que, apesar de tudo este grupo não é homogêneo.
“Muitos julgam os negacionistas como pessoas sem conhecimento ou que não procuram a informação em fontes confiáveis. Claro que há os negacionistas persistentes, que buscam em sua própria razão a conversão do seu desejo sem se aprofundar na notícia, desrespeitando a realidade lógica, concreta e global.”, explica Abreu.
O neurocientista refere ainda que há uma base instintiva muito forte neste tipo de reações, são reações inatas que nos concedem uma falsa sensação de segurança ao, de forma ideal, eliminarmos o problema que nos assusta ou incomoda.
“Mas o aumento do número de negacionistas não está apenas no avanço da internet e sim, num mecanismo de defesa relacionado a personalidade. A negação pode ser a ansiedade buscando na não aceitação dos fatos uma reação instintiva de fuga como mecanismo de sobrevivência. Criando assim uma realidade paralela, com traços adoecidos e irreais, apenas para a satisfação de sua necessidade, como justificativa da sua razão.”, refere.