São Paulo (SP) – Nunca é tarde para se alfabetizar e criar a independência que deseja. De acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), o Brasil tem ainda 11 milhões de analfabetos, ou seja, 6,6% de pessoas acima de 15 anos não sabem ler ou escrever. Porém, ainda existem jovens e adultos que buscam por aprendizado. Pensando nisso, o Instituto MPD, organização sem fins lucrativos criado pela construtora MPD Engenharia para executar ações de responsabilidade social e ambiental, conta com o programa Construindo Letras, que visa levar o ensino aos colaboradores e empreiteiros da MPD, que já formou mais de 270 pessoas.
Para iniciar o ano de 2021 proporcionando mais liberdade e autonomia para as pessoas, a Instituição inaugurou, neste mês de fevereiro, a sala de alfabetização e fundamental I e II, no Origem, empreendimento da MPD Engenharia que está sendo construído na região do Tamboré (SP). No local, existe ainda uma mini lan house, biblioteca e um espaço de criatividade. As aulas são realizadas por professores capacitados, com certificação do MEC, para o ensino e a assistência dos alunos. E além desses docentes, os colaboradores voluntários da MPD atuam como auxiliares de classe no processo de adaptação promovendo suporte para aprendizagem e melhor rendimento de cada um, evitando a evasão.
“Nós acreditamos muito que a educação transforma vidas. Temos diversas pessoas na área da construção que não tiveram a oportunidade de estudar e, infelizmente, não foram alfabetizadas. O ensino é direito de todo cidadão e ser voluntário deste projeto é gratificante, pois fazemos o bem para o outro, mas na verdade estamos fazendo o bem para nós mesmos. Nos dá uma sensação de felicidade”, afirma Sandra Barboza, coordenadora do Programa Construindo Letras.
As aulas são realizadas por professores capacitados, com certificação do MEC, para o ensino e a assistência dos alunos. E além desses docentes, os colaboradores voluntários da MPD atuam como auxiliares de classe no processo de adaptação promovendo suporte para aprendizagem e melhor rendimento de cada um, evitando a evasão.
“Promover qualidade de vida, conhecimentos e realização pessoal para os nossos beneficiados é a maior gratificação que poderíamos ter. O nosso projeto colabora para o desenvolvimento de uma sociedade mais justa e inclusiva, com acesso a informação e melhor qualidade de vida. Por aqui, temos muitas histórias de pessoas que vivem outra realidade após terem sido alfabetizadas e, hoje, conseguem escrever uma carta, ler uma notícia on-line e até mesmo um livro para o seu filho. E assim, seguiremos conquistando inúmeras realizações que vão além do âmbito profissional”, esclarece Cecília Meyer, presidente do Instituto MPD.
CanteiroTECA
Dentro do Construindo Letras, existe a CanteiroTECA, que são espaços construídos em canteiros de obras da MPD e funciona como uma biblioteca com diversos livros, gibis, revistas e jornais. Para a construção do acervo foram arrecadados diversos livros por meio de doações, que são pequenos e de fácil leitura, gibis e revistas com assuntos que estão presentes na vida dos trabalhadores, a fim de despertar o gosto pela leitura.
“Foi preciso buscar maneiras de incentivar a leitura fácil e rápida, que se enquadrassem na realidade dos trabalhadores, a começar pelo nome que une a ideia de biblioteca a de um canteiro de obra. Entendemos que a capacidade da leitura de ensinar de forma mais lúdica diversas competências da linguagem como a escrita, a gramática e a interpretação, faz com que o aluno não perceba que está aprendendo enquanto se distrai”, finaliza Sandra.