O protótipo de uma lixeira de descontaminação é um dos 345 projetos que estarão em exposição na 19ª edição da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (FEBRACE), que acontece de 15 a 26 de março pela Plataforma FEBRACE Virtual. Desenvolvida por estudantes da Escola SESI – Unidade Prata, de Campina Grande (PB), a lixeira é equipada com luz ultravioleta, capaz de inativar o coronavírus. “A ideia é que possa ser usada para esterilizar as máscaras usadas nos hospitais; assim, podem ser descartadas como lixo comum”, conta Isabelly Vitória Sousa Rocha, estudante que desenvolveu a solução junto com os colegas Carlos Daniel da Silva Nogueira e Victor de Oliveira Gadelha.
“Como estamos gerando uma grande quantidade de máscaras contaminadas, não só em hospitais, mas também em supermercados, empresas etc., este processo de descontaminação evitaria o contágio acidental quando se manipula o lixo com máscaras usadas”, afirma Isabelly. Ela explica que o protótipo conta com um sistema parecido com o de uma centrífuga da máquina de lavar, que movimenta as máscaras e possibilita que todas recebam a luz durante a esterilização.
“Já apresentamos o projeto a um hospital local, que o considerou interessante do ponto de vista econômico, uma vez que poderia ser aplicado também para desinfecção de aventais e uniformes”, diz. “Faremos mais testes para comprovar sua eficiência e promover melhorias; nossa ideia é criar um produto e patenteá-lo, visando outras aplicações e empresas de outros setores”, completa.
Botão sem toque – Outra solução para diminuir os meios de transmissão do vírus partiu de estudantes do Instituto Federal Baiano, da cidade de Valença (BA). Eles criaram um sistema que permite escolher o andar desejado no elevador sem a necessidade de tocar nos botões. O acionamento dos andares seria feito somente por meio de gestos. O sistema emprega display LCD, Arduino Uno e sensor de gestos. Os estudantes fizeram a programação.
“Não utilizamos comandos de voz porque a máscara poderia abafar o som e dificultar o ‘entendimento’ do andar desejado. Além disso, excluiria pessoas com limitações de fala”, afirma David Luky Nascimento Moreira, um dos autores do projeto. “Também optamos por não usar botoeiras acionadas por aproximação, pois isso encareceria o projeto. Seria necessário um sensor para cada botão de andar”, acrescenta Thiago Lisboa Alves, colega no projeto. “Nosso projeto é barato – custa R$ 134,00 – e a configuração do número de andares do prédio pode ser feita no momento da instalação”, acrescenta.
No site da FEBRACE, você encontra todos os projetos finalistas. Na lista, há pelo menos outros sete projetos com propostas focadas em soluções ou na compreensão do impacto da pandemia da Covid-19.
Serviço:
Conheça os finalistas no site da FEBRACE
Visite a FEBRACE pela Plataforma Virtual (15 a 26/3)
Acompanhe a cerimônia de premiação pelo Youtube da FEBRACE (27/3, a partir das 15h)