O presidente do SRCG – Sindicato Rural de Campo Grande, Rochedo e Corguinho, Alessandro Coelho, destaca que Mato Grosso do Sul, mais especificamente Campo Grande, tem grande potencial de se tornar um polo de produção de frutas, levando em consideração o perfil das áreas rurais e o volume de importação de produtos básicos de consumo, do dia a dia do sul-mato-grossense. O presidente detalhou esse potencial durante as comemorações dos 70 anos do SRCG, que encerra sua programação neste sábado (10).
“Mais de 80% do que chega ao Ceasa, para distribuição de frutas no estado, têm origem em outros estados. Importamos grande volume de produtos básicos, que poderíamos produzir aqui. Mais de 70% das propriedades rurais da capital, são pequenas propriedades, de até 60 hectares, um perfil excelente para implantação de diversas culturas, que atendam a demanda local”, apontou o presidente do SRCG, Alessandro Coelho.
Entre as alternativas para viabilizar o avanço na produção, o agrônomo Victor de Souza Almeida, do Senar/MS, destacou a irrigação como ferramenta fundamental, que pode não só viabilizar, como aumentar a produção e produtividade. “Precisamos de três características para conquistar o mercado: produto de alta qualidade, quantidade, frequência. Essas questões serão possíveis com a irrigação, que vai nos proporcionar riscos menores, aumento de produtividade e queda na sazonalidade. E esses fatores vão contribuir para o lucro, gerando renda para o produtor rural”, destacou.
A exemplo o agrônomo citou a lima ácida tahiti, menos da metade do que foi comercializado foi produzido no estado, meses de agosto, setembro, outubro e novembro a produção é menor, e é justamente quando os valores sobem.