Desde que saiu da Banda Calcinha Preta e se envolver em algumas polêmicas, entre elas ao ser acusado de agressão pela esposa, Marlus Viana evitou a imprensa por um bom tempo e só agora, em uma entrevista exclusiva para o Canal da Lisa Gomes resolveu contar os bastidores de uma das maiores bandas de forró do país.
Com a banda Calcinha Preta, Marlus gravou cerca de 15 CD’S e 3 DVD’s e se destacou com o sucesso ‘Balada Prime’. Corajoso e sincero, Marlus não poupou palavras em relação aos colegas de trabalho, “Era muito complicado cantar na Calcinha Preta porque você cantava ao lado de mais três ou quatro estrelas. E trabalhar ao lado dessas estrelas é extremamente difícil porque eles são muito bons e talentosos e pra você tentar despontar e mostrar seu talento se torna muito mais difícil, então já existia uma briga, não maldosa, sem máfia, sem malícia, mas existia uma disputa pura de tentar se destacar”, conta.
Disputa
O loiro garante que nunca teve desentendimentos com os outros integrantes, “A gente nunca teve briga no camarim, existia uma preocupação de cantarmos pouco eu via isso na gente. A disputa que eu falo era o desenvolvimento individual para poder sobressair diante daquela constelação, ou você fazia isso ou era atropelado”, lembra.
“Nunca vi uma discussão entre cantores, a única coisa que discutíamos na banda é que a gente não aguentava mais cantar. Era uma discussão mútua, de não aguentar mais cantar. Chegamos a fazer 7 shows em dois dias”, garante Marlus.
Salário
Marlus também foi questionado se ganhava bem como um dos vocalistas da banda, “Nenhum cantor ganhou dinheiro com a Banda Calcinha Preta, nós tínhamos um salário bom, o gasto era absurdo, ninguém ficou rico com a Calcinha Preta, digo dependendo da banda. Quem conseguiu ficar rico é porque conseguiu fazer um comércio com o dinheiro que ganhou e expandir esses valores. Na Calcinha Preta eu ganhava R$ 5mil, isso em 2003 / 2004. Pode ser um salário bom, mas para o que a gente trabalhava e o que a banda faturava não era justo, éramos assalariados”, diz o forrozeiro.
Em 2016 Marlus começou a pensar em carreira solo e hoje se permite está com a família, “Eu passei 15 anos sem passar um Natal e Reveillon com a minha família. A gente ‘virava’ ano no Calcinha Preta dentro do ônibus, viajando, na estrada”, lembra.
Assista a entrevista completa: