A busca por maior eficiência produtiva, padronização da carcaça, menor idade ao abate e, consequentemente, maior produtividade, leva ao aumento da intensificação do sistema produtivo, como a terminação em confinamento ou terminação intensiva a pasto (TIP). E para isso, os níveis de energia disponibilizados em dietas dos bovinos de corte são elevados, devido às fontes ricas em amido (milho, sorgo e aveia, por exemplo). Isso representa um ponto de atenção para os pecuaristas, que precisam redobrar a atenção com a ocorrência de acidose ruminal, ruminites e abscessos no fígado, que podem ser determinantes para a maior rentabilidade da atividade. O alerta é da doutora em nutrição de ruminantes pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), Vanessa Carvalho, gerente técnica de bovinos da Phibro Saúde Animal.
Vanessa explica que “com essas dietas de alto valor energético, podem surgir doenças metabólicas, como a acidose ruminal, nas formas aguda e subaguda. A doença é causada pela diminuição do pH do rúmen, geralmente devido ao consumo de dietas ricas em carboidratos não fibrosos, o que causa acúmulo de ácidos graxos de cadeia curta no rúmen”, explica a especialista da Phibro. A acidose diminui a ingestão de matéria seca, a digestibilidade dos nutrientes, o ganho de peso e, consequentemente, a eficiência alimentar. Além disso, pode causar ulcerações na mucosa ruminal, laminites, ruminites e abcesso hepático. “Em rebanhos de corte, os prejuízos devem-se principalmente à variação no consumo de MS, comprometendo o desempenho, eficiência alimentar e o rendimento de carcaça. Em um estudo sobre a perda econômica da doença, o custo foi superior a US$ 9 por boi”, esclarece Vanessa Carvalho.
Entre as diferentes formas de contornar esse desafio, a gerente técnica de bovinos da Phibro recomenda o uso de aditivos, que contribuem para a saúde ruminal dos bovinos, promovendo maior segurança metabólica e controle de pH. É o caso do V-Max, desenvolvido pela Phibro Saúde Animal. À base de virginiamicina, o produto modula a fermentação ruminal, evitando quedas bruscas de pH, reduzindo a chance de acidose. “Além disso, com a manipulação ruminal, ocorre maior produção de propionato e menor produção de metano. Dessa forma, os animais tem maior consumo de MS, aproveita de maneira mais eficiente a dieta, ganha mais peso e possui maior eficiência alimentar”, conclui a gerente.