São Paulo (SP) – Durante o período de altas temperaturas a proliferação de mosquitos transmissores de doenças aumenta. Uma das preocupações para quem é mãe ou pai de pet é a dirofilariose, cada vez mais comum no Brasil, principalmente durante o verão e em cidades litorâneas.
Causada por um parasita nematóide de aparência fina e comprida (Dirofilaria immitis), que se instala em diferentes órgãos, como pulmão e coração, a dirofilariose é uma doença grave, que pode levar o pet a óbito. Quando ele pica o animal de estimação, as microfilárias caem na circulação e chegam ao coração, onde se instalam do lado direito — por isso são conhecidas como “verme do coração”.
Thais Matos, médica veterinária da DogHero, maior empresa de serviços para pets da América Latina, explica que os mosquitos dos gêneros Culex, Aedes e Anopheles são os maiores responsáveis pela transmissão da dirofilariose tanto em cães, como em gatos. “O verão é a estação mais propícia para desenvolvimento e reprodução rápida desse parasita. Além de favorável à propagação para outros animais, a dirofilariose maltrata o pet e provoca diversas complicações em sua saúde”.
Normalmente, o diagnóstico é tardio, pois o pet demora alguns meses para demonstrar sinais (visto que somente com o desenvolvimento do parasita começam a ocorrer sintomas). Alguns dos principais sintomas de verme do coração são: intolerância ao exercício, fraqueza, apatia, tosse crônica, respiração acelerada, dispneia (respiração rápida e curta) e perda de peso.
Uma vez detectada a dirofilariose, o tratamento vai depender da gravidade, ou seja, da quantidade de larvas, seu tamanho e o quão comprometido o coração e os órgãos adjacentes estão. “Se não for detectada a presença do verme do coração em órgãos vitais, mas se sabe que as microfilárias estão ali, pode ser devido ao seu tamanho, que ainda é pequeno. Mesmo assim, o tratamento é essencial para que a saúde do pet não seja prejudicada”, afirma Thais.
Quando a infestação não é grande, pode ser recomendado um tratamento para matar indivíduos adultos do verme e as microfilárias na corrente sanguínea. “Na sequência, o médico voltará a pedir exames para detectar se ainda há a presença do parasita. Se for o caso, o pet terá que passar por mais uma rodada de tratamento”, explica a médica veterinária.
Como prevenir? – Para evitar que o pet seja picado por mosquitos e infectado pelo “verme do coração”, a melhor opção é o cuidado diário. “Para o tutor que vive próximo ao litoral ou em lugares muito quentes, a prevenção também passa por fazer exames sorológicos com mais frequência no pet. O médico veterinário poderá orientar sobre tratamentos preventivos para matar as microfilárias antes que cheguem à fase adulta e provoquem efeitos adversos”. orienta a especialista DogHero, que adiciona mais duas dicas para mães e pais de pets, são elas:
- Coleiras (para cães) e pipetas (para gatos): esse tipo de acessório pode auxiliar os tutores pois não deixar que um mosquito infectado se aproxime e se alimente do sangue do pet, realizando assim a transmissão do parasita;
- Vermífugos: alguns vermífugos específicos à base de ivermectina também são eficazes e devem ser administrados alguns dias antes da visita do pet à praia, porém eles podem não ser indicados para qualquer raça e, por isso, é fundamental consultar o médico veterinário antes de usá-los no pet. Importante: quando falamos de praia, não estamos restringindo isso à parte com mar e areia, mas ampliando para toda a região do litoral, onde há maiores chances de haver mosquitos infectados.
Mães pais de pets sempre devem consultar um médico veterinário antes de utilizar qualquer produto em seu animal de estimação. Somente o profissional saberá qual o mais indicado para cada caso.