São Paulo (SP) – A paulistana Luisa Stefani já tem data para retorno às quadras. Após um ano parada por conta de uma cirurgia no ligamento cruzado anterior do joelho, a tenista vai disputar o WTA 500 de Tóquio, no Japão, que começa no dia 19 de setembro, em piso rápido.
Luisa fará sua última semana de preparação no Brasil no Rede Tênis Brasil, ao lado do treinador Leonardo Azevedo, e embarca na segunda-feira, dia 29 deste mês, para Nova York, nos Estados Unidos, onde irá treinar nas quadras do US Open, com as melhores jogadoras do mundo que disputam o último Grand Slam do ano. De lá, ela viaja em meados de setembro para Tóquio. A tenista ainda não definiu sua parceira.
“Nada mais simbólico do que retornar às quadras na cidade onde vivenciei uma das melhores experiências da minha carreira com a conquista da medalha olímpica“, afirmou Luisa, que tem os apoios da Fila, HEAD, Tennis Warehouse e Liga Tênis 10.
“Estou indo para Nova York para voltar a viver esse ambiente de competição. Faz um ano que não jogo, então preciso me reacostumar e nada melhor do que estar em um Grand Slam treinando com as melhores”, disse a atleta que terá acompanhamento médico da WTA (Womens Tennis Association) durante a estada nos Estados Unidos e será acompanhada pelo fisioterapeuta Ricardo Takahashi no Japão.
Além da medalha olímpica, Luisa fez história para o País sendo a primeira top 10, fazendo semifinal do US Open (partida onde sofreu a lesão), conquistando o título do WTA 1000 de Montreal, no Canadá e vice-campeonatos em Miami, Adelaide, San Jose, Cincinnati e Abu Dhabi.
Fazendo história na carreira – Luisa, de 25 anos, começou a jogar tênis aos 10 anos, na B.Sports, no bairro de Perdizes, em São Paulo, onde nasceu. Disputou as chaves principais dos quatro Grand Slams juvenis, atingindo as semifinais de duplas do US Open juvenil em 2015, quando chegou a 10a. posição do ranking mundial juvenil.
Foi para os Estados Unidos para estudar e jogar tênis. No circuito universitário jogou pela Pepperdine University, na Califórnia, e atingiu a segunda posição no ranking da ITA (Intercollegiate Tennis Association). Foi nomeada caloura do ano 2015 pela ITA, compilando uma campanha de 40 vitórias e apenas 6 derrotas. Entre 2015 e 2018, ainda no circuito universitário americano, dedicou-se parcialmente ao circuito profissional da ITF, o que não a impediu de conquistar 10 títulos e atingir outras 5 finais de duplas naquele circuito. Terminou 2018 como 215ª. do mundo em duplas e 753ª. em simples.
Optou por trancar a faculdade para disputar o circuito profissional integralmente a partir de meados de 2018. Ganhou destaque nas duplas e começou a colher resultados já em 2019, conquistando um título no WTA de Tashkent, no Uzbequistão, e o vice-campeonato em Seul, na Coréia do Sul, em outubro, com a então nova parceira, a norte-americana Hayley Carter, terminando o ano perto das 70 melhores do mundo.
Em 2020, conquistou o WTA 125 de Newport Beach, na Califórnia e chegou às oitavas de final do Australian Open. Após a quarentena, comemorou o título do WTA de Lexington, nos Estados Unidos. Terminou o ano como a 33ª do mundo, primeira brasileira no top 40 em mais de três décadas. Começou 2021 com a final no WTA 500 de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, alcançando o top 30 – a primeira brasileira desde 1976 – e chegou à segunda decisão em Adelaide e à terceira em Miami, torneio da série WTA 1000. O vice-campeonato em Miami permitiu que Luisa subisse para a 25ª posição no ranking, o melhor de uma brasileira na história desde que o ranking WTA foi criado em 1975. Em junho ganhou mais duas posições – 23º lugar. Continuou subindo no ranking e com o vice-campeonato em Cincinnati subiu para 17ª do mundo. Com a semifinal do US Open chegou a ser a 12ª do ranking e posteriormente ocupou o nono lugar na tabela durante o início de 2022.