Agosto Laranja: campanha alerta para a importância da conscientização sobre Esclerose Múltipla

Foto: Divulgação

São Paulo (SP) – O mês de agosto ganha uma cor especial voltada à conscientização da doença neurológica que mais afeta jovens adultos no mundo: a Esclerose Múltipla. O Agosto Laranja foi criado para desmitificar essa doença e incentivar o diagnóstico precoce, que pode proporcionar mais qualidade de vida, respeito e dignidade para os pacientes.

Estima-se que cerca de 40 mil pessoas convivem com Esclerose Múltipla no Brasil. Ela não é uma enfermidade mental, não significa demência e tampouco é contagiosa. Quando um tratamento adequado não é realizado, a Esclerose Múltipla pode provocar dificuldades motoras e sensoriais significativas.

Essa doença ocorre de forma neurológica inflamatória crônica, ou seja, o organismo ataca o próprio sistema nervoso central, gerando um processo inflamatório que danifica a bainha de mielina, uma membrana que envolve e isola as fibras nervosas. Dessa forma, a transmissão dos impulsos nervosos para o resto do corpo fica prejudicada, podendo causar lesões no cérebro e na medula espinhal.

A Esclerose Múltipla acomete usualmente adultos jovens, dos 20 aos 50 anos de idade, com pico aos 30 anos. Os sinais são diversos e nem sempre são os mesmos para todos. Os pacientes podem apresentar visão turva ou a perda da visão por um curto período, sentir movimentos involuntários de contração muscular, dormência e formigamento nos braços e pernas. Além disso, podem apresentar tontura e fadiga excessiva, dificuldades motoras como falta de coordenação, desequilíbrio e tremores e problemas de memória e concentração.

Como não existe um exame único, a confirmação do diagnóstico deve ser feita com a combinação de alguns exames, como de sangue, testes de função neurológica, ressonância magnética e punção lombar. Com isso, busca-se eliminar hipóteses que provoquem sintomas similares e possam ser confundidas com a Esclerose Múltipla.

Embora não tenha cura, os sintomas podem ser controlados por tratamentos que busquem a atenuação dos efeitos e desacelerem a progressão. Dessa forma, o paciente pode ter uma melhora significativa na qualidade de vida. A falta de conhecimento é um dos grandes vilões para pacientes de Esclerose Múltipla que buscam qualidade de vida. A informação é o melhor remédio para conscientizar a sociedade, promover apoio e acolhimento tanto para os pacientes quantos seus familiares.

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