A medicina como conhecemos hoje é o resultado de diversas descobertas feitas no decorrer dos anos. Muitas dessas descobertas foram essenciais para tratar doenças e problemas de saúde responsáveis pela morte de milhões de pessoas ao longo da história. Através de testes em laboratórios, muitas vezes por acidente, esses achados permitiram o avanço da civilização, com o aumento da expectativa de vida e do bem-estar coletivo. Confira 4 grandes achados que impactaram a forma como a medicina é praticada e trouxeram ganhos imensuráveis para a sociedade.
Raio X
O raio X é um importante instrumento para o diagnóstico por imagem de problemas como doenças ósseas e tumores. Ele foi descoberto pelo físico alemão Wilhelm Roentgen, em 1895. O cientista observou que um material em seu laboratório emitia uma luz peculiar e passou a investigá-la para descobrir o fenômeno. Em meio a vários testes, o cientista foi capaz de tirar uma fotografia dos ossos de sua mão e nomeou a sua descoberta como raio x, por desconhecer qual tipo de radiação seria. Seu trabalho culminou na vitória do Prêmio Nobel de Física, em 1901.
Penicilina
A penicilina é uma das mais importantes descobertas científicas e da medicina. Um antibiótico poderoso, a substância é responsável pelo tratamento de doenças e infecções causadas por bactérias como sífilis, gonorreia, meningite bacteriana, faringite e outras. A penicilina foi descoberta primeiramente em 1928 pelo britânico Alexander Fleming, por acaso.
Ao sair de férias, o cientista esqueceu algumas placas de vidro com microrganismos na mesa de seu laboratório. Quando retornou, observou que uma das placas foi infectada por um bolor e que não continha mais nenhuma bactéria nessa amostra. Ao investigar mais a fundo, ele verificou que o fungo era do gênero Penicillium (de onde deriva o nome penicilina) e que ele produzia uma substância com propriedades bactericidas. Após a realização de vários testes, em 1941, a penicilina foi idealizada como um fármaco.
Vacina
A primeira vacina foi idealizada pelo britânico Edward Jenner, em 1796. O médico pesquisava formas de combater a varíola, e seu trabalho foi determinante para acabar com os surtos da doença na Europa, que eram muito frequentes, e no mundo, além de inspirar posteriormente a criação de vacinas contra outras doenças.
Ele observou que algumas pessoas, previamente infectadas pela varíola bovina (que gerava sintomas mais brandos), tornavam-se imunes à outra forma da varíola, que era muito mais grave e letal. Através de sua pesquisa, ele chegou à conclusão de que a inoculação com a varíola bovina, isto é, a infecção pelo vírus “mais fraco”, garantia imunidade contra a varíola comum.
DNA
A estrutura do DNA foi primeiramente descoberta pela britânica Rosalind Franklin, e, baseando-se em seu trabalho, outros três cientistas passaram a estudar as moléculas. Em 1953, o britânico Francis Crick e o norte-americano James Watson realizaram um artigo científico sobre a estrutura molecular do DNA, enquanto o cientista neozelandês Maurice Wilkins, no mesmo ano, foi capaz de realizar o primeiro registro fotográfico da molécula.
A descoberta do DNA tem uma das aplicações mais amplas e relevantes para as pessoas formadas na faculdade de medicina. Através dela, é possível diagnosticar doenças genéticas, realizar o mapeamento genético, assim como tem aplicabilidade à medicina forense, como investigações criminais. Além disso, é um importante recurso para o estudo de mutações e a evolução de organismos.